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Livros # Desafios Literários # Aquisições # Opiniões
Opinião:
A estória começou bem, mas depois (a meu ver) foi perdendo alguma credibilidade.
Logo na primeira página, em nota de autor é referido que a estória retratada no livro nunca foi enunciada em literatura policial, pensei logo que iria ser uma boa surpresa.
Não quero dizer que seja uma má estória, se calhar eu é que não achei grande piada à conclusão, se calhar até existem vários exemplos com a explicação deste caso, uma coisa é certa o autor em 1962 consegue explorar um caso que de certeza é pioneiro.
Acerca do enredo o autor pede que não sejam revelados pormenores e eu vou respeitar a sua vontade, deixando ao próximo leitor a oportunidade de julgar por si.
Sem dúvida que irei ler os próximos livros de Dick Haskins, apesar de não ter gostado desta estória, gostei muito da escrita do autor e isso é mais do que suficiente para não me sentir defraudada, além de que tenho um enorme respeito por estar diante da obra do autor português (vivo) mais internacional a partir da década de 60.
Dick Haskins (pseudónimo de António Andrade Albuquerque), nascido em Lisboa, a 11 de Novembro de 1929, e defensor do princípio de que um escritor nasce com a vocação para escrever, António de Andrade Albuquerque (que usou o pseudónimo de Dick Haskins nas obras do género policial) sentiu inclinação para a produção literária desde a adolescência.
Em 1961, foi editado pela primeira vez no estrangeiro – em Espanha e de seguida em diversos países da América do Sul, do Estados Unidos à Nova Zelândia, da Alemanha à Grécia, da África do Sul à Colômbia -, é certamente o mais internacional dos escritores portugueses.
Títulos como A Sétima Sombra, O Fio da Meada, Fim-de-Semana com a Morte (adaptado ao cinema) ou O Último Degrau marcaram um percurso único no romance policial português.