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Vamos falar de... Ler em outras línguas

por Tânia Tanocas, em 17.01.17

Penso constantemente, (para com os meus botões) porque é que a maioria das pessoas tem tanto pudor em ler livros brasileiros, leia-se Português do Brasil... Esta controvérsia lembra-me logo da edição d’O meu pé de laranja lima de José Mauro de Vasconcelos, livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 3º ciclo, em que a tradução em nada se altera do original, já para não falar de outros…

 

Sinceramente, não tenho vergonha ou constrangimento em admitir que leio em pt/br, é claro, não vou mentir, existem diferenças e às vezes isso condiciona um pouco a leitura, mas não tem a ver com o texto em si, o próprio povo brasileiro, tal como nós portugueses usam expressões, vocabulários e até algumas palavras diferentes, o que faz com que a leitura não flua tão bem como se fosse na minha língua materna, mas nada que me faça desistir de ler em pt/br.

 

Enquanto andava a pesquisar de opiniões acerca do tema, deparei-me com um dois artigos (aqui e aqui) que li muito atentamente e sem dúvida que eles expressão bem aquela que também é a minha opinião. É também digno de ler alguns comentários que se dizem nos artigos, para tentar compreender os argumentos de quem gosta ou não de ler em pt/br.

 

Muitas pessoas, lêm em inglês, ou espanhol, francês… E só eu sei a inveja e tristeza com que fico quando vejo as suas aquisições em inglês, isto porque com muita pena minha não atino com mais nenhuma língua, a não ser a minha (… Sei que muitos casos, a leitura acaba por ser diferente do que pt/br, porque é feita na sua versão original, mas além disso não vejo mais nenhuma diferença.

 

Além de que os nossos livros (pt/pt) estão cada vez mais caros e para alguém que gosta de ler está difícil acompanhar os lançamentos das nossas editoras (mas isto fica para outra conversa)…

Ler em pt/br, tem me dado a liberdade de ler algumas novidades e de acompanhar as leituras dos conterrâneos do outro lado do oceano... 

 

Tudo isto para alertar que vão ser algumas, as vezes que por aqui surgirão leituras que não existem em edições portuguesas, isso quer dizer que as leio em pt/br na versão Ebook...

 

E vocês, têm por hábito ler noutras línguas? Qual o vosso sentimento em relação a ler pt/br?

Beijokas a todos... 

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publicado às 22:39

"Chamava-se Sara" de Tatiana de Rosnay - Opinião

por Tânia Tanocas, em 16.01.17

Sinopse

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A minha opinião:

Estava desejosa de efectuar esta leitura, só ouvia e lia maravilhas acerca deste livro. E também tenho muita curiosidade em ver o filme baseado no livro (Elle s'appelait Sarah).

Gostei da premissa histórica (cujo o conteúdo não conhecia) como a própria autora refer no início esta estória é fictícia.

 

Preâmbulo da autora :
"As personagens neste romance são inteiramente fictícios. Mas alguns dos acontecimentos aqui descritos não o são, por exemplo aqueles que ocorreram na França ocupada durante o verão de 1942, em particular a grande rusga do Velódrome d'Hiver, a 16 de julho de 1942, no coração de Paris. Este não é um romance histórico nem tem pretensões a sê-lo. É a minha homenagem às crianças do Vél' d'Hiv. As crianças que nunca regressaram. E àquelas que sobreviveram para o contar."

 

Iniciamos a leitura em França, a 16 de julho de 1942, começam as primeiras rusgas aos judeus franceses, não pelos soldados nazis, mas pela mão e ordens da polícia francesa. As primeiras vítimas foram expulsas das suas casas e encarceradas num pavilhão, famoso por dar vida a corridas de bicicletas, o Vélodrome d'Hiver. (Vél' d'Hiv é o diminutivo, o pavilhão já não existe, foi demolido em 1959).
Só nessa primeira rusga, oito mil judeus foram privados da sua liberdade, mais de quatro mil eram crianças, que foram encurraladas no Vél' d'Hiv, com idades entre os dois e os doze anos. A maior parte eram francesas, nascidas em França. Destas primeiras pessoas retidas nenhuma regressou de Auschwitz... Estima-se que onze mil crianças francesas foram deportadas de França para campos de concentração...

 

Como a maioria das pessoas, os franceses não judeus acabaram por "beneficiar" (consciente ou inconscientemente) dessas rusgas, ficando com as suas casas e bens.

Julia Jarmond uma americana apaixonada por França, jornalista, está a restaurar o apartamento que pertencera à avó do marido e no decorrer de uma reportagem que tem de fazer acerca do Vél' d'Hiv, onde se depara com alguns factos desconhecidos, as coisas começam a ganhar contornos impossíveis de imaginar, nomeadamente a descoberta desenfreada por quem antes viveu no apartamento que agora é seu.
"Por vezes, Miss Jarmond, não é fácil voltar ao passado. Surgem surpresas desagradáveis. A verdade é mais dura do que a ignorância. "

 

Adorei a personagem Sara Starzynski, ir seguindo os passos da sua vida foram um dos pontos chaves e emocionantes da estória... Mas não conseguir ter empatia com Julia, não sei se foi intenção da autora criar uma personagem forte (Sara) e outra fraca (Julia) mas foi isso que senti, uma Julia submissa, perdida, fraca e que em momentos tinha "picos" de coragem e força mas logo perdia toda a sua auto-estima e assim, aos poucos, ia fazendo com que eu perdesse alguma credibilidade na sua personagem, a filha de 11 anos, acaba por vezes tendo alguns comentários e comportamentos mais adultos do que a própria mãe.

 

Em resumo, gostei muito desta leitura, conhecer mais um facto histórico acerca do Holocausto e II Guerra Mundial, facto esse que só em 16 de Julho de 1995, o presidente da República Jacques Chirac reconheceu a responsabilidade da França na rusga e no Holocausto...

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Vélodrome d’Hiver

 

"Há 74 anos teve lugar a rusga do Vélodrome d’Hiver (Velódromo de Inverno). A 16 de Julho de 1942, às 4 horas da manhã, 12.884 judeus foram detidos. Entre eles estavam 4.051 crianças 5.802 mulheres. A maioria foi enviada para o Vélodrome d’Hiver, situado no 15º bairro de Paris. Os outros foram levados directamente para o campo de concentração de Drancy. A polícia francesa do regime de Vichy teve um papel fundamental nas detenções.
page (1).jpgVélodrome d’Hiver converte-se numa prisão provisória. Durante 5 dias, 7.000 pessoas vão tentar sobreviver sem comida e com um único acesso à água. Os que tentaram fugir foram imediatamente abatidos. Uma centena de prisioneiros suicidar-se-á.
A rusga do Vélodrome d’Hiver representou mais de um quarto dos 42.000 judeus enviados para Auschwitz em 1942. Só 811 regressaram. Em 16 de Julho de 1995, o presidente da República Jacques Chirac reconheceu a responsabilidade da França na rusga e na Shoah." Texto retirado daqui...

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publicado às 18:25

Sinopse

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A minha opinião:

Jonh Boyne, tal como já tinha feito com "O Rapaz do Pijama às Risca" conseguiu contar para os leitores mais jovens os efeitos devastadores das acções nazistas.

 

Este livro inicia em 1936, acompanhamos Pierrot Fischer, um menino de sete anos, filho de mãe francesa e pai alemão a residirem em França.

 

Dir-se-ia que eram uma família feliz, mas não eram, a grande guerra não lhe tinha levado o pai fisicamente, mas era como se ele tivesse ficado lá...

 

Anshel, nasceu surdo, tornou-se um amigo inseparável de Pierrot, apesar da deficiência do amigo, entendiam-se perfeitamente.

Os tempo maus já se faziam sentir e a vida de Pierrot sofre uma enorme reviravolta de tal maneira que é enviado para um orfanato.

 

Mas a sua estadia não é por muito tempo, uma tia (Beatrix, irmã do pai) tem conhecimento da situação e vai levar o menino para o sítio mais improvável de todos, mas sem dúvida que de momento é o local mais seguro da Europa, ou talvez não seja bem assim...

 

Pierrot vai ter de mudar o seu comportamento, as suas rotinas, esquecer o passado e até alterar o seu nome para Pieter, com toda a sua inocência ele não compreende o porquê de todas aquelas mentiras, mas acarreta fazer tudo bem para não incomodar o dono da casa da montanha...

 

A vivência de Pieter sob o comando do "Senhor", revela aos longo dos anos uma nova personalidade.  Mas será que podemos condenar Pierrot / Pieter, face aos factos revelados ao longo do livro?

 

É interessante acompanhar o desenvolvimento das ordens dadas por quem comanda a guerra, uma acção vista pelos olhos do inimigo, acompanhar ao pormenor todas as decisões, ver como é que o ser humano consegue profanar a inocência de uma criança...

 

Em parte não concordei com o desfecho que Pieter teve, aos meus olhos, fiquei com a sensação de impunidade, mas acho que Pierrot acabou por vir ao de cima, é difícil sair incólume depois de perceber o que se passava, consequência de alguns anos privado da verdade e nada melhor saber da realidade do que ouvir da boca de quem conhecia bem o inocente Pierrot...

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 John Boyne

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John Boyne nasceu em Dublin, em 1971. Estudou no Trinity College, em Dublin, e na Universidade de East Anglia, em Norwich. Foi escritor-residente da Universidade de East Anglia para a área da Escrita Criativa e trabalhou durante vários anos como livreiro. Dedica-se actualmente à escrita a tempo inteiro. Publicou já quatro romances para adultos e um para jovens, tendo este último (O Rapaz do Pijama às Riscas) conhecido enorme sucesso em todo o mundo. Vive em Dublin.

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publicado às 23:25

"Memórias de Anne Frank" de Theo Coster - Opinião

por Tânia Tanocas, em 15.01.17

Sinopse

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A minha opinião:

"Memórias de Anne Frank", confesso, quando adquiri o livro foi inteiramente na base do título... Pensava que era sobre a mesma, vítima do holocausto nazi.

 

Anne Frank, quem não conhece este nome? Quem nunca leu o seu diário? Bem, eu conheço e sei quem foi Anne Frank, mas, (falha minha) nunca li o seu diário...
E foi a pensar que estas memórias eram sobre a própria que agarrei nele.

 

Mas não, Theo Coster "aproveita-se" do facto de ter sido colega de escola de Anne Frank e decide fazer um de documentário (The Classmates of Anne Frank) com o testemunho de vários colegas de turma sobre Anne.
E é assim que pelo relato de Theo, Lenie, Hannah, Jacqueline, Albert, conhecermos alguns pormenores de como foi o conviver com Anne Frank.

 

Na minha opinião,  as memórias dos vários relatores são tão vagas em relação a Anne Frank que no fim senti-me um pouco defraudada com a leitura.

 

O mesmo já não posso dizer em relação à história de vida de cada um deles, todos passaram pela provação e sobrevivência numa guerra e isso é sempre um contributo que não devemos renegar ou esquecer.

 

Só quase no final do livro é que Theo Coster escreve o seguinte desabafo:

"Só há uns 15 anos é que houve um congresso em Amesterdão sobre as crianças escondidas e nessa altura várias crianças que viveram escondidas durante a segunda guerra mundial poderão dizer alguma coisa sobre si próprias. Até então havia a opinião de que, se a pessoa tivesse estado escondida, não tinha sofrido nada, porque os campos foram muito piores. E mesmo nesse congresso essa sensação não me abandonou: eu estive escondido, mas, juntamente com o meu pai, a minha mãe e a minha irmã, sobrevivemos. Quem são estes que aqui estão? Crianças colocadas pelos pais em algum lugar, pais que, em muitos casos, foram assassinados; eles sentem a falta dos pais, dos seus irmãos e irmãs. Quando me comparo com outras crianças que estiveram escondidas acho que a minha história não é grande coisa... O que me aconteceu não foi assim tão mau, pois não? Vivi escondido com a minha família durante três anos, conseguimos todos desenvencilhar-nos... Não é maravilhoso? "

 

Teria sido muito mais interessante o autor ter pegado neste facto (já que também ele só sobreviveu graças a ter estado escondido) e escrito um pouco mais sobre quem foram, o que sentiam e como sobreviviam essas pessoas.

 

Todos os que sobreviveram à guerra não saíram só com a vida, mas com muita dor, traumas, recordações... Em suma uma vida poupada mas, também uma alma completamente despedaçada.

 

Cada pessoa tem a sua identidade, o seu testemunho, as suas recordações, os seus sentimentos, por isso não acho justo camuflar as suas vivências por trás do nome de outra pessoa, não há que ter medo nem vergonha do que foram e do que são...

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Theo Coster

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Theo Coster foi colega e amigo de Anne Frank no liceu judeu de Amesterdão. Fabricante de brinquedos e inventor de jogos, nomeadamente do famoso "quem é quem?", foi o produtor executivo do documentário The Classmates of Anne Frank. Vive em Telavive desde 1955.

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publicado às 23:23

Filmes vistos na "cinematona 2"

por Tânia Tanocas, em 05.01.17

O que é a "Cinematona"?

"Cinematona" é um desafio de cinema, criado pela Dora do cana Book and Movies, que consiste em visualizar um filme para cada categoria, que ela disponibiliza. O desafio foi tão bem recebido que esta foi a segunda edição e confesso que já estou ansiosa pela terceira... ;) 

 

O projecto teve a duração de todo o mês de Dezembro de 2016, não consegui completar todas as categorias, mas à parte destas categorias vi outros filmes que não consegui encaixar nos desafios em falta... Nota: Classifiquei os filmes com notas de 0 a 5, mas entretanto já comecei a classificar de 0 a 10, para poder distinguir as pontuações dos filmes, dos livros... 

 

A Dora já lançou o vídeo onde fala das suas escolhas para a "cinematona" e eu sem mais demoras vou deixar as minhas escolhas.

1.png(Sinopse: No horror de 1944 Auschwitz, um prisioneiro forçado a queimar os cadáveres do seu próprio povo, encontra a sobrevivência moral ao tentar salvar das chamas o corpo de um menino que ele acha ser seu filho.)

2.png(Sinopse: Lilja, de dezasseis anos, e seu único amigo, o jovem Volodja, moram na Estónia, ambos sonham com uma vida melhor. Um dia, Lilja apaixona-se por Andrej, que está de partida para a Suécia, e convida Lilja para ir com ele e começar uma nova vida.)

3.png(Sinopse: Quando um misterioso sinal de telefone celular causa o caos apocalíptico, um artista está determinado a reunir-se com seu jovem filho na Inglaterra.)

4.png(Sinopse: Durante a mudança da sua família para os subúrbios, uma miúda de 10 anos vagueia em um mundo governado por deuses, bruxas e espíritos, e onde os seres humanos são transformados em animais.)

5 (2).png(Sinopse: O inspector de polícia Carl Mørck é encarregado de um departamento de casos arquivados, unido apenas pelo seu assistente, Assad. Eles investigam um caso sobre uma mulher desaparecida.)

6 (1).png(Sinopse: Em 1967 Los Angeles, uma mãe viúva e suas duas filhas adicionam um novo golpe para reforçar o seu negócio espirita, convidando sem querer uma presença maléfica na sua casa.)

7 (1).pngSinopse: Duas namoradas visitam um grande festival de praia brasileiro e decidem simplesmente viver livremente. Elas gostam da música, bebidas, drogas e algum sexo. Elas conhecem um jovem e as coisas não podem ser melhores. Esse paraíso pode durar?)

8 (2).png(Sinopse: Um cirurgião vitoriano resgata um homem fortemente desfigurado que é maltratado ao levar uma vida como um animal de circo. Por trás da sua monstruosa aparência, revela-se uma pessoa de inteligência e sensibilidade.)

9 (1).png(Sinopse: Um desertor desiludido do exército confederado retorna ao Mississippie lidera uma milícia de desertores companheiros, escravos em fuga e mulheres numa revolta contra o governo confederado local corrupto.)

 

Ficou a faltar: "Raios parta mas é desta que vejo isto!" (que por duas vezes comecei a ver o filme que tinha escolhido “o caso spotlight”, mas deixei-me dormir nas duas vezes e no fim desisti :P ), Um filme cliché e Um filme recomendado por um amigo que esteja a participar na #cinematona.

 

Entretanto vi outros filmes (que não consegui encaixar nas categorias que faltavam), mas que foram também óptimos filmes... 

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Quero agradecer à Dora por ter lançado mais este desafio e me ter proporcionado uma óptimas horas de bom entretenimento... Entretanto estou a participar no "Holocausto em Janeiro" ou #hol72, também ideia da Dora

Beijokas Dora... 

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publicado às 19:33

Vamos falar de... Poupar!!!

por Tânia Tanocas, em 05.01.17

Sei que este tema desperta muito interesse, mas ao mesmo tempo para a maioria das pessoas é angustiante... Muitas vezes quase não se consegue pagar as despesas mensais, quanto mais fazer um pé de meia... Por isso não é minha intenção gerir ou criticar o orçamento de ninguém...

 

Sendo assim vou explicar o processo e como eu vou tentar fazer render o meu mealheiro...

 

De certeza que já ouviram falar no desafio das 52 semanas, infelizmente deparei-me (aqui) com este pequeno esquema de poupança só no mês de Setembro de 2016 e já não tive entusiasmo para o colocar em prática, mas foi uma das minhas primeiras resoluções para 2017...

 

Entretanto, enquanto não chegava o início do novo ano, meti mãos à obra e dei asas à minha imaginação e fiz um mealheiro todo catita para ir admirando o seu conteúdo... ;) Completamente reciclado com objectos que tinha aqui por casa, se é para poupar, então começamos de raiz... :)

 

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 (O meu "porquinho" todo catita... ;) )

 

O esquema é bastante simples, por cada semana do ano, colocamos o valor da semana de parte... No final de um ano (se seguir à risca) terei um saldo de 1380€... Uau!!! Também há pessoas que fazem com múltiplos de 0.50€...

 

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  (Esquema normal. Imagem retirada daqui.)

 

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 (Esquema em múltiplos de 0.50€. Imagem retirada daqui.)

 

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 (Este vai ser o meu guia...)

 

Sinceramente, não sei se serei capaz de seguir o esquema ao pormenor, pois comecei a ver que vai haver semanas puxadas, principalmente lá para o final do ano... ;)

 

Quando colocar o valor correspondente coloco um visto, quando não conseguir, coloco o valor que conseguir amealhar... No fim se não conseguir os 1380€ finais, pelo menos irei conseguir algum valor... E o pouco é pouco e o nada é nada... ;)

 

Entretanto, enquanto preparava este post e já depois de ter postado os meus incentivos literários, descobri esta ideia no Instagram da estante_da_guru, achei interessante e vou também aderir... ;) Irei colocar no mesmo mealheiro, mas farei um registo à parte...

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E você, costumam fazer poupanças? Que métodos usam ou conhecem?

Beijokas para todos... 

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publicado às 15:14

Incentivos literários para 2017

por Tânia Tanocas, em 04.01.17

Vou confessar, sou uma indisciplinada... Sim é a mais pura das verdades, por vezes quero fazer mil e uma coisas e depois vão ficando ideias e projectos em águas de bacalhau... E em relação às leituras, não é excepção... Começo com muito entusiasmo, mas aos poucos vou perdendo o gás... No ano 2016, queria seguir uma daquelas Reading Challenge que surgem nas redes sociais, mas para não variar falhei redondamente...

 

Este ano, vou voltar a comprometer-me com vários projectos para ir realizando ao longo do ano...

 

O primeiro desafio, já falei dele aqui, é o Holocausto em Janeiro, está a correr razoavelmente bem, talvez porque é um tema que gosto de saber sempre mais, ou porque ainda estamos no inicio do entusiasmo...

 

Os restantes incentivos, são realizados através do site Goodreads (se quiserem podem aderir aqui). O grupo tem um nome que chamou logo a minha atenção: "Vamos baixar a Pilha de livros", pois é mesmo isso que preciso, "atacar" os livros que tenho para ler e tentar não pensar em novidades... ;) 

1º Incentivo - 52 Semanas 52 livros

(esta lista é para cada semana do ano, se a conseguir seguir alcanço na boa a minha meta de 50 livros...)

1-Um livro de um escritor português
2-Um livro com capa em tons de cinzento ou preto
3-Um livro que tenha sido escrito no século XX
4-Um livro infantil
5-Um livro de uma escritora portuguesa
6-Um livro com menos de 365 páginas
7- Um livro de fantasia
8- Um clássico escrito por uma mulher
9- Um livro de ficção científica
10- Um YA
11-Um livro com capa castanha/verde
12-Um livro do teu / tua escritor(a) favorito(a)
13-Um livro que esteja na estante há 3 anos
14-Um livro que querias muito ler em 2016 ou 2015 e ainda não tiveste tempo
15- Ler um calhamaço (com mas de 400 páginas, de preferência que não seja nenhum dos que está no desafio Ler Calhamaços)
16- Ler um livro que seja do teu género favorito
17- Ler um livro tirado ao calhas da tua pilha
18- Ler um livro recomendado por alguém
19- Ler o último livro que compraste 
20- Um livro de um género que nunca tenhas lido
21- Ler um livro que tenha no título a inicial do teu nome
22- Ler um livro de um(a) escritor(a) que nunca lês-te
23- Um livro que decorra num país que gostarias de visitar
24- Um livro que tenha ganho um prémio literário
25- Um livro de um escritor(a) que tenha ganho o prémio Nobel
26- Um livro que tenha na capa uma palavra ligada à cozinha, tipo: chocolate, rebuçado, ingredientes, comida, etc... 
27- Um livro que tenha um número na capa
28- Um livro de suspense
29- Um livro do género policial
30-Um livro do género romance
31-Um livro de um escritor ou escritora dos Estados Unidos da América
32- Um livro de um escritor ou escritora espanhol
33- Um livro que já há muito tempo andas a adiar a leitura
34- Ler uma banda desenhada 
35- Livro um romance histórico
36- Ler um livro que tenha o nome de uma cor na capa
37- Ler um conto ou um livro de contos
38- Ler um livro que aborde um tema polémico (dependências, racismo, abuso sexual, racismo, terrorismo, etc...)
39-Coloca num copinho o nome de 10 livros que estejam na pilha e queiras ler e tira um papelinho sem olhar.
40- Ler um livro com uma capa de tons claros, branco, rosa, amarelo
41- Ler um livro biográfico
42- Ler um livro com menos de 200 páginas
43-Ler um livro que termine uma trilogia ou saga
44-Ler um livro que seja escrito por um autor que o nome comece pela inicial do teu nome
45- Procurar na pilha o livro mais antigo que lá se encontra e ler;)
46- Ler um livro que a capa de recorde a infância
47-Ler um livro que já foi ou vai ser adaptado ao cinema
48- Ler um livro que te faça lembrar o verão
49-Ler um livro que te faça lembrar a primavera
50-Ler um livro que te faça lembrar o inverno
51- Ler um livro que te faça lembrar o outono
52- Ler o livro que tu quiseres.

 

2º Incentivo - Maratona Trimestral

(Dura os 3 primeiros meses, vamos a ver como corre...)

1- Ler um livro que não tenha terminado no ano de 2016;
2- Ler um livro que esteja na tua pilha há pelo menos 5 anos;
3- Ler um livro da pilha com capa com uma destas cores branca/preta/vermelha;
4- Ler um livro da pilha que seja um calhamaço (mais de 400 páginas);
5- Ler um livro da pilha de um(a) escritor(a) que nunca leu;
6- Ler um livro da pilha que seja do seu género favorito;
7- Ler um livro da pilha de um escritor de nacionalidade portuguesa, ou da tua nacionalidade;
8- Ler um livro da pilha que seja do (a) teu ou tua escritor(a) favorito (a);
9- Ler um livro da pilha que simplesmente te apetece ler;
10- Ler um livro da pilha tirado desta ao calhas;
11- Ler um livro com menos de 100 páginas que tenhas na pilha;
12- Ler um livro que está na tua pilha e que já foi adaptado ao cinema;
13- Ler um livro da pilha que seja emprestado e que ainda não lês-te, pode não ser teu mas está na tua pilha;
14- Ler um livro da pilha que seja de ficção científica ou fantasia;
15- Ler um livro da pilha que seja do género policial/acção/suspense ou terror


3º Incentivo - Baixar as Sagas / Trilogias e Séries

(Tenho algumas triologias nesta categoria, quero ver se as começo e termino em 2017...)

 

4º Incentivo - Calhamaços

(Tenho muitos... Acho que muitas das vezes não pego neles, por serem mesmo Calhamaços...) 

 

Entretanto já vi outros desafios interessantes, mas acho que aqui já tenho entretenimento mais do que suficiente para o resto do ano, até porque o objectivo é ler para cada categorias e incentivos livros diferentes... ;)

 

Por norma, escolho o livro que quero ler e só depois o tento encaixar na devida categoria, assim não me sinto pressionada a ler por obrigação, por isso também me é muito difícil fazer uma TBR de leitura, já experimentei fazer uma ou duas vezes e acabo por alterar tudo à medida que vou lendo... :P 

 

Este ano, também vou optar por ter um caderno sempre à mão para ir apontado todas as minhas actividades... Espero que seja um estímulo e me faça disciplinar, para que daqui a um ano possa vir aqui com grandes resultados...

 

E vocês, que desafios vão seguir? Como é que se organizam? Conseguem seguir as metas a que se propõem?
Beijokas para todos... 

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publicado às 20:58

Dia 1 de 365

por Tânia Tanocas, em 01.01.17

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Antes de mais, espero que todos vocês tenham entrado no ano de 2017 da melhor forma possível…

 

A minha passagem de ano é quase sempre passada da mesma forma, junto ao conforto da pessoa que amo, na comodidade da lareira, com um menú não tão pesado e farto como o do Natal (nessa altura somos mais pessoas) mas não menos apreciado, regado com um bom vinho, espumante e no final uma boa sessão de cinema…

 

Para muitos isso não passaria de uma noite normal ou banal, mas para mim é o paraíso em estado puro, devido ao trabalho do meu namorado raramente passamos momentos assim como estes, se calhar por isso o valor da situação se torna ainda mais significativa…

 

O filme escolhido para a 1ª sessão de cinema de 2017 foi Anthropoid (2016)

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Aproveitei este filme para marcar a minha abertura na iniciativa "Holocausto em Janeiro" #Hol72 (vejam o meu post anterior, conto lá tudo…)

 

O filme é baseado em factos reais, retrata a elaboração e execução do plano que visa assassinar Reinhard Heydrich, atentado esse que aconteceu em Praga no dia 27 de Maio de 1942, por Jan Kubiš (Jamie Dornan) e Jozef Gabčík (Cillian Murphy) ex-soldados checoslovacos treinados pelos britânicos e enviados pelo governo checoslovaco no exílio, intervenção que ficou para sempre designada de Operação Antropóide.

 

O plano tinha tudo para ser perfeito, Reinhard Heydrich teimava em andar pelas ruas de descapotável e sem muita protecção, mas como em tudo na vida não é fácil, lutar pelo bem quando o mal permanece, vai fazer sempre que o mais fraco sai bem mais prejudicado da situação, mas sempre com a certeza de jamais deixar de lutar por aquilo que se acredita.

 

    A minha classificação: 8/10

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Quem foi Reinhard Heydrich:

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 Imagem retirada daqui: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a5/Bundesarchiv_Bild_146-1969-054-16%2C_Reinhard_Heydrich.jpg

 

Reinhard Heydrich era apontado como o número 3 do regime Nazi, atrás de Hitler e Himmler, muitos historiadores descrevem-no como o membro mais temido da elite nazi. Hitler chamava-o de "o homem com o coração de ferro", o povo apelidava-o de ”Carniceiro de Praga”.

 

Foi um dos organizadores da Kristallnacht ("Noite de Cristal"), um ataque violento e maciço contra os judeus por toda a Alemanha na noite de 9 e 10 de Novembro de 1938.

 

Heydrich enviou um telegrama nessa noite para várias delegações, a referir a permissão para incendiar e destruir os negócios, sinagogas judaicas, confiscar todo o "material de arquivo" dos centros comunitários e sinagogas judaicos, o telegrama ordena ainda que "deverão ser detidos o máximo de judeus  (em particular os mais influentes) em todos os distritos... Imediatamente após todas as detenções terem sido efectuadas, os devidos campos de concentração deverão ser contactados para lá colocar os judeus o mais depressa possível."

 

Cerca de duzentos mil judeus foram enviados para campos de concentração nos dias seguintes, muitos consideram a "Noite de Cristal" como o início do Holocausto.

 

Em Janeiro de 1942, formalizou os planos para a "Solução Final" e a "Questão Judaica", isto é, a deportação e o genocídio de todos os judeus na Europa ocupada pelo regime nazi.

 

Telegrama de 1938 ordenando a incursão da Noite de Cristal, assinado por Heydrich 

Telegrama de 1938 dando ordens durante a Noite de Cristal, assinado por Heydrich.png

Imagem retirada daqui: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a6/Kristallnacht_rh_telegram_pg1.png

 

Por fim, antes de apagar a luz, ainda arranjei um tempinho para iniciar a minha primeira leitura de 2017, mas isso fica para o post seguinte... 

 

Beijokas a todos... 

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publicado às 22:30

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