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Conclusão do projecto... #marçofemenino

por Tânia Tanocas, em 21.04.18

Como habitual, devo ser a última a fazer o meu balanço do projecto de Março (marçofeminino)... 

Mesmo assim não queria deixar de o fazer e (mais uma vez) felicitar a mentora do projecto, a Sandra do blog sayhellotomybooks, que para o ano venha mais um "marçofeminino"... 

A Sandra fez no seu blog o balanço do projecto com o nome das (muitas) autoras lidas neste desafio, cada ano que passa a adesão vai sendo mais e é sempre curioso ver as escolhas e as leituras dos outros participantes.

 

Para o projecto li 8 livros de autoras femininas, houve três leituras que me arrebataram por completo, "Dores" de Maria Teresa Horta, "O Castelo de Vidro" de Jannette Walls e "A Cor Púrpura" de Alice Walker.

 

Para ver a opinião de cada leitura é só clicar na imagem...

 

(A opinião do último livro só estará disponiveis no decorrer da próxima semana)

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 Para o ano há mais... 

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publicado às 21:24

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Opinião:

Começo pelo lado negativo do livro e que me fez não dar a pontuação máxima. Em menos de 250 páginas desvendam-se mais de 40 anos de vida das personagens principais, achei poucas páginas para tanta informação.
Por outro lado as mesmas páginas são mais do que suficientes (por vezes até excessivamente) para perceber quais os temas principais da estória, temas polémicos que, infelizmente, mesmo depois de 36 anos da primeira edição ainda se mantêm presentes na sociedade.

 

Toda a estória se centra nas irmãs Celie e Nettie, Celie é a mais velha, não é tão inteligente como a irmã mas tenta a todo o custo proteger Nettie dos maus tratos sofridos em casa pelo "pai".
Aos 14 anos, depois de já ter sido mãe duas vezes, Celie é "doada" a um homem que deseja insistentemente a irmã, para a proteger insiste que ela fuja de casa e peça "refúgio" a um casal com algumas posses.
A partir daqui tudo o que acontece na vida conjugal de Celie é abominável, uma criança que já fora abusada pelo "pai" vai continuar a ser maltratada por um desconhecido.

 

De referir que este é um livro epistolar (escrito por cartas), Celie completamente presa ao seu homem perde o contacto com a irmã, escreve as suas cartas redigidas a Deus contando todos os desenvolvimentos da sua vida.
Miss Shug, é aquela personagem que surge na vida de Celie como mais um contratempo, devo realçar que foi das minhas personagens favoritas, apesar de ser a amante do homem de Celie, vai ser uma grande aliada de Celie.

Apesar dos temas aberrantes, foi uma leitura bastante gratificante, sem dúvida que este é o livro que melhor se aplica a palavra esperança.

 

"As mulheres não são todas iguais, Tobias, - diz ela. - Acredites ou não. - Oh, - eu acredito, - só não consigo provar isso ao resto do mundo."

 

"- Quem pensas que és? - pergunta. - Não podes amaldiçoar ninguém. És preta, és pobre, és feia, és mulher. Raios te partam, não és nada."

 

" Os rapazes aceitam agora a Olivia e a Tashi nas aulas e há mais mães a mandar as filhas à escola. Os homens não gostam: quem quer uma mulher que sabe tudo aquilo que sabe o marido? Protestam eles."

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publicado às 17:00

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Opinião:

Pelas minhas contas já li 7 livros desta autora e mais uns quantos por ler, todos eles com uma média de 4⭐, desde o primeiro momento em que a descobri que decidi ler tudo o que houvesse publicado e este também não desiludiu.

 

Uma estória que envolve justiça em prol da ambição, gostei bastante do enredo e senti imensa empatia com os personagens. É engraçado, acho que é a autora mais antiga (que eu leio) a utilizar a forma de capítulos curtos, parece que a estória flui mais rápido e a vontade de avançar na narrativa é sempre constante.

 

Um dos pontos negativos, foi a quantidade de personagens, por vezes senti-me um pouco baralhada com o "quem é quem", mas não posso negar que foi um final que jamais imaginaria...

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publicado às 09:00

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Opinião:

Lido até à página 237, acho que é um dos primeiros livros que desisti... 
Antes mesmo de o ter "abandonado" já tinha sentido a falta de acção na narrativa e estava a ser uma leitura um pouco arrastada, depois continuei a dar o benefício da dúvida, até que não aguentei mais e parei. Nunca deixei nenhum livro a meio, mesmo que não esteja a gostar, tenho a estranha mania de saber como vai terminar e continuo até ao fim...

 

Ainda tentei ler na "diagonal", mas não estava a conseguir acompanhar o rumo dos acontecimentos, é quando me deparo (já quase no final) com um epílogo, decidi ler a partir daí e consegui perceber perfeitamente o final dos personagens. Resumindo, em menos de 12 páginas, fiquei a par do final e dos acontecimentos que o geraram.

 

Este é o segundo livro que leio da escritora Minette Walters, o primeiro foi "Máscara de Desonra" ao qual dei 4⭐, já pouco me lembro da estória, mas lembro-me de gostar bastante do livro, este foi um completo desastre, demasiado arrastado, com personagens chatas, simplesmente para mim não resultou.

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publicado às 17:00

"Caraval" de Stephanie Garber - Opinião (19/2018)

por Tânia Tanocas, em 10.04.18

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Opinião:

Quem me conhece sabe que o género de fantasia não é de todo o meu forte. Decidi embarcar nesta aventura, depois de ter lido a premissa e as óptimas opiniões que iam surgindo. Achei que me iria surpreender e alterar a minha "relação" com a fantasia, acho que ficou meio por meio, em parte gostei, mas depois fiquei desapontada.

Primeiro, acho que (quase de certeza) vamos ter um "Caraval" número dois, isto é, o final indica uma continuação, se não houver mais, então devo dizer que (para mim) foi um final demasiado aberto, detesto finais em aberto...

 

Esta é a saga de duas irmãs que são sujeitas à tirania do seu pai, para tentarem fugir embarcam numa aventura que as vai levar ao mundo mágico de Lenda, o autor de um "circo" fora do normal, onde nem tudo o que parece é verdade...

Só a elas cabe decidir o que é ou não verdadeiro e ao leitor cabe embarcar na mesma viagem onde tanto se pode perder ou sobreviver...

 

"O futuro é muito parecido com o passado; geralmente, já está decidido, mas sempre pode ser alterado..."

 

"Scarlett não simpatizava com a ideia de destino. Ela costumava acreditar que, se fosse boa, coisas boas lhe aconteceriam. O destino a fazia sentir-se impotente e desesperançada, com um sentimento geral de desimportância. Para ela, o destino era como uma versão maior e onipotente de seu pai, roubando suas escolhas e controlando sua vida sem nenhuma consideração para com os sentimentos dela. O destino significava que nada do que ela fizesse importava."

 

"Não é o destino, é simplesmente o futuro observando aquilo que mais desejamos. Cada pessoa tem o poder de alterar o destino se for corajosa o bastante para lutar pelo que deseja acima de tudo."

 

"A esperança é uma coisa poderosa. Alguns dizem que é uma espécie completamente diferente de magia. Esquiva, difícil de agarrar. Mas basta um pouco."

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publicado às 09:30

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Opinião:

Vou sentir saudades desta família, de todos eles sem excepção, até mesmo do Rex.
São leituras assim que me recordam porque gosto de pegar num livro e ler!
Umas vezes sou levada para sítios, situações e personagens completamente desconhecidas que desejaria viver e conhecer, outras vezes deparo-me com situações e personagens que me relembram o que quero esquecer...
Jannette Walls, obrigado pelo testemunho e coragem, conseguir superar não é fácil, mas admitir e contar, também não...

 

Ainda existem muitos "castelos de vidro" que podem facilmente desabar, ou até, nunca conhecer o brilho do sol...

Adorei a forma despromovida de ódio, ou rancor com que a autora descreve o seu passado e o relacionamento com a sua família, é a prova de que o passado por mais duro que seja, o amor da família é a fonte de tudo.

 

Felizmente, a minha vida foi sempre pautada de muito amor, carinho e nunca nada me faltou, mas por vezes existem questões que nos marcam e que se vão desmoronando com o passar dos anos.
Houve momentos em que me revi no relato da Jannette, os problemas do pai com o álcool, a forma como ele (não) gere as finanças, os problemas de acumulação, a incompatibilidade da realização dos seus sonhos e até a vergonha de enfrentar a dura realidade da sua própria família.
Senti, impávida e serena a dura batalha de amor - ódio que se vai desenrolando página a página, a angústia sentida em cada palavra e frase.

 

É fácil imputar negligência, mas é demasiado complicado condenar os pais, quando eles querem fazer uma vida fora dos padrões "normais", apesar de todas as vicissitudes nenhum deles abandonou quem lhes trouxe ao mundo, simplesmente cada um fez a sua escolha...

 

"Toda a gente tem qualquer coisa de bom. Temos é de encontrar essa qualidade e amá-la por isso.
- Ai sim? E qual era a qualidade de Hitler? - perguntei.
- Gostava de cães - respondeu a minha mãe sem hesitar."

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publicado às 17:30

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Opinião:

"Dores" de Maria Teresa Horta - 5 🌟

Dar um sentido à vida
Ouvir os silêncios e gritos da nossa alma
Responder com coragem, resiliência, sem medos
Esperar que algo ou alguém quebre estes desamores
Serão sempre estas, algumas, das nossas DORES...

 

Que conto poderoso, confesso que não conhecia a escrita da autora e jamais diria que um "simples" conto poderia abalar os meus sentimentos. 
Houve momentos que me senti uma "Judite", a sensação de abandono, incompreensão e a sua força em resistir a tudo o que lhe acontece elevou-me para um lugar completamente claustrofóbico.

 

"Quantas vezes disse a mim mesma que fugir é sempre perder-me? A misturar permanentemente o amor com a desconfiança, a viver o amor à espera do sofrimento...."

 

"Chave de Entendimento para uma Sinfonia Perdida" de Patrícia Reis - 4,5 🌟

Um grande amor, será sempre um grande amor, mesmo que isso envolva um sem números de incompreensões.
Como contornar estes sentimentos, muitas das vezes completamente contraditórios?!

 

É isso que a autora nos transmite, iniciamos uma Sinfonia que poderá, ou não, ser a "Chave de Entendimento para uma Sinfonia Perdida"...

 

"O tempo demora o quanto precisa, a não ser que seja Natal, um tempo que nos obrigamos a viver dentro do fardo das tradições como uma cilada prevista, mas inevitável, tentadora, cilada repleta de malvadez."

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publicado às 09:00

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Opinião:

Livro lido em ebook, talvez o impacto da experiência não tenha surtido o mesmo efeito se o lesse em papel, pois tenho a certeza de que muito desta história está, não só nas palavras, como também nas óptimas ilustrações.
Mesmo assim deu para ter uma (breve) ideia de quem foi a condessa Isabel Báthory, uma mulher húngara, obcecada pela sua própria beleza, que entrou para a história por ter praticado crimes hediondos e cruéis a mais de 650 jovens mulheres, ficando assim conhecida como "A Condessa Sangrenta".

 

Há quem defenda a sua inocência, alegando que nenhuma mulher seria capaz de ser tão perversa, eu não acredito muito nessa hipótese, já tivemos várias provas de que a psicopatia não escolhe o ser humano em termos de género.

Flora Pizarnik, pseudónimo de Alejandra Pizarnik, uma argentina com descendência russa e com contínuos problemas de depressão e várias tentativas de suicídio, acaba por conseguir pôr termo à vida em 1972 aos 36 ano, com uma dose excessiva de soníferos. Também tenho de salientar os excelentes desenhos de Santiago Caruso, tenho quase a certeza que se tivesse o prazer de ter este livro nas minhas mão, certamente que as ilustrações sobressaiam muito mais.

 

A crueldade que é descrita no livro é tão mórbida, que por momentos até parece natural que essa crueldade exista. Acho até que a autora quis destacar o mal desta condessa, para poder invocar os seus próprios receios e a sua loucura.
Este livro retrata algumas formas de tortura que a condessa Báthory utilizava para fustigar as suas vítimas, como por exemplo, verter água sobre um corpo nu e a água torna-se gelo, há um leve gesto final da vítima para se aproximar mais das tochas, de onde emana o único calor, mesmo assim jogam mais água em cima dela e ela fica, para sempre de pé, erguida e morta.

 

Lembrei-me logo dos campos de concentração, também lá, esta era uma das formas de tortura bastante usada, quer por homens ou mulheres das SS.

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publicado às 21:30

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Opinião:

Demorei pouco menos de 48h para terminar esta leitura, o que para mim é um tempo fantástico. Enredo viciante, leitura compulsiva e excelente entretenimento. Muito dividida e indecisa entre as 4 e 5 estrelas, sendo assim prevalece o meio termo, 4.5 . 

 

Não restam dúvidas, é um livro recheado de emoções fortes, onde o relógio está sempre em constante movimento, de muita acção, adrenalina e inteligência. 

O ponto contra que eu aponto é que senti muito mais afinidade com personagens secundárias do que com a principal. Achei o Wolf um pouco sem carisma para personagem principal...

 

De resto, achei o enredo muito arriscado, mas que sem dúvida ficou perfeito em termos visuais, aquela sensação de impunidade à medida que o tempo vai passando. 

Confesso que alguns nomes que surgem na lista feita pelo assassino são bem merecidos... 

 

"Nos muitos livros de guerra que havia lido, aprendera que mensageiros eram escolhidos não só porque eram espertos e articulados, mas sobretudo porque eram pessoas essencialmente descartáveis." 

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publicado às 21:00

Desde o início deste ano que decidi alterar os meus posts de compras, sendo assim irei colocar as minhas aquisições de três em três meses. Acho que assim irei controlar melhor os meus impulsos e fazer deste ano o mais baixo em aquisições. 

Só para terem uma ideia, no mês de Janeiro a única compra foi a colecção do jornal Expresso.

Espero continuar assim e que para o próximo trimestre sejam ainda menores, o que duvido derivado há Feira do Livro... 

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Colecção Inéditos do jornal Expresso

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 Aproveitando uma promoção no site da Alêtheia Editores, comprei estes quatro novos amigos por 16€.

(Acho que a editora deveriam rever a política de portes, paguei quase 3€ só nos portes, queria mais um livros, mas acabou por ficar lá, porque o orçamento se esgotou com o pagamento dos portes ).

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Compras feitas no OLX, o livro mais caro foi "Madame Bovary" por 5€, os do autor José Mauro Vasconcelos e "O Engenheiro das Almas" custaram 3€ cada, para finalizar, os livros da Colecção Dois Mundos foram 4€ cada. 

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Aquisições no supermercado Continente, ambos os livros já estavam com 50% de desconto, mesmo assim descontei perto de 8€ que tinha no cartão, ficando cada livro perto de 5€. 

 

Em três meses até que não me portei muito mal, só eu sei o quanto tive de me controlar... 

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publicado às 09:00


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