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Janeiro foi um mês de frio e... Cinema...

por Tânia Tanocas, em 04.02.18

Acho que é por causa das baixas temperaturas que vejo mais cinema no início do ano do que nos 10 meses seguintes.

Aquela sensação de conforto e quentinho do sofá faz milagres, praticamente só os olhos estão a descoberto, sem ter o desconforto das mãos geladas porque estão a (tentar) segurar um livro, não sei se já vos disse mas sou bastante friorenta.

 

Não achei pertinente fazer destaques individuais dos filmes, até porque não sou nenhuma cinefilia, gosto da sensação de prazer ao ver um filme, mas o que para mim é bom, para muitos pode não valer nada, é a velha história da subjectividade. 

 

Sendo assim, este mês vi 17 filmes, 2 documentários e 1 série. Alguns filmes e os documentários foram enquadrados para os projectos do Holocausto. 

Vi algumas novidades, mas também tenho pérolas antigas, vou tentar descrever (em uma ou duas frases) o que determinado filme provocou em mim. A ordem dos filmes vai ser por ano, começo do mais antigo até ao mais recente.

FILMES:

1968_Aconteceu-no-oeste.jpg

8🌟 /10

1968) Um filme que vi o meu pai ver tantas e tantas vezes, nunca o tinha visto completo, só a banda sonora me acompanhava na lembrança. Gostei bastante da história e de rever alguns actores.

2012_O Corpo.jpg

8🌟 /10

2012) Quem não sabe, eu adoro filmes europeus (este é espanhol), vi este filme depois de ver "Contratempo", motivada pelo realizador e roteirista serem os mesmos, gostei bastante.

2014_longe dos homens.jpg

7🌟 /10

2014) Não vou negar, o motivo principal foi ver o desempenho de  Viggo Mortensen, mas sem dúvida que foi uma enorme lição de vida.

2014_Suite Francesa.jpg

 6🌟 /10

2014) Este foi sem dúvida o filme que mais me decepcionou. Foi "agradável" de ver, mas faltou ali qualquer coisa para me entusiasmar. 

2015_Os Oito Odiados.jpg

6🌟 /10

2015) Gosto dos filmes do Quentin Tarantino, o meu favorito é o "Django Libertado", mas este não me conquistou, gostei da estória e das interpretações, mas foi dos filmes do realizador que achei excessivamente longo.

2015_Que horas ela volta.jpg

8🌟 /10

2015) A vontade de ver este filme já se arrastava por alguns anos, praticamente desde que estreou. E sinceramente em nada me desapontou. Adorei o trama e o desempenho da Regina Casé, habituada a ver a actriz em papeis de comédia, foi muito bom ver o seu desempenho neste "dramalhão" da vida real.

2016_A Minha Vida de Courgette.jpg

8🌟 /10

2016) "Um conto de fadas com uma perspectiva realista", é assim que o realizador suíço Claude Barras descreve este filme de animação e eu concordo em pleno. Uma animação em que as crianças dão uma autêntica lição de vida, amizade e solidariedade aos adultos. Utilizando a técnica de animação 'stop motion' demorou vários anos até ser concluído, eu acho que valeu bastante a pena cada tempo passado a elaborar este filme. Adorei.

2016_Contratempo.jpg

10🌟 /10

2016) Mais um filme europeu (espanhol), sem dúvida a grande surpresa desta "maratona" de cinema, foi directamente para o meu top de filme favorito. Um filme em que tem pelo menos três "Plot twist" e que até ao fim ficamos sem saber qual dos três será utilizado. Adorei. 

2016_departamento Q_uma conspiração de fé.jpg

7🌟 /10

2016) Nunca li nenhum livro desta dupla, mas sempre me despertou a atenção, por isso quando vi os filmes decidi logo ver. Este é o terceiro filme e foi o que menos gostei, mas mesmo assim tem uma estória envolvente. Para quem quiser ver este filme aconselho a ver os outros dois antes, apesar de serem estórias autónomas, a dupla passa por várias fases que só se compreende ao ver por ordem.

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7🌟 /10

2016) Filme de animação desenhado à mão, com base na premiada graphic novel de Raymond Briggs, é uma biografia com descrições da vida e dos tempos com os pais no durante e pós II guerra mundial, passado em Londres mas mesmo assim consegue captar o efeito de Hitler no país. Ernest Briggs casa com Ethel e em 1934 nasce Raymond. Detestei a Ethel. Gostei.

2017_A Forma da Água.jpg

7🌟 /10

2017) Gostei, mas não faz de todo o meu estilo de filme. Misturar fantasia com realidade nunca foram ingredientes que me cativassem.

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8🌟 /10

2017) O filme ideal (independente de ser animação) para compreender a historia e cultura mexicana relativo ao "dia dos mortos".  Uma fábula verdadeira em que a família e os mortos se reúnem sem medos nem tristezas. Adorei.

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7🌟 /10

2017) Filme baseado em factos reais, a Operação Dínamo, conseguiu resgatar mais de 330 mil homens da cidade de Dunquerque (uma cidade portuária da França, na fronteira com a Bélgica), durante a Segunda Guerra Mundial com a preciosa ajuda de civis. Não conhecia a história e fiquei bastante emocionada com a coragem dos anónimos que se mobilizaram em ajudar este soldados. Sem dúvida que a coragem por vezes a arma mais forte.   

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8🌟 /10

2017) Até que ponto podemos perder o controlo da nossa própria vida? Sem dúvida, a partir do momento em que um individuo entra no sistema prisional. Cada segundo conta para sobreviver no mundo da prisão e este filme é um óptimo exemplo de perseverança neste mundo. Adorei.

2017_Terra Selvagem_Wind River.jpg

7🌟 /10

2017) Um thriller que identifica a América do esquecimento, entregue ás próprias leis da comunidade em que existem predadores muito mais perigosos do que os animais selvagens, principalmente se forem seres humanos. Escrito por Taylor Sheridan, fiquei mais empolgada com o "Sicario" e "Hell or High Water - Custe o Que Custar!" do que com este "Terra Selvagem" do qual é escritor e realizador.

2017_Três Cartazes à Beira da Estrada.jpg

9🌟 /10

2017) Para mim este filme é a minha aposta para vencer o óscar deste ano. Um filme inteligente que mistura a revolta de uma mãe com a impunidade de uma força policial sem limites. Um drama que mistura alguns apontamentos cómicos, basicamente não se procura uma solução para a questão principal, mas apenas que a comunidade não adormeça e os assuntos abordados não caiam no esquecimento. 

os meninos que enganavam os nazis.jpg

7🌟 /10

2017) Sem dúvida que adorei muito mais o livro do que o filme. Acho que faltou alguma emoção ao filme, um sentimento que eu tive bastante ao ler o livro. Mesmo assim, acho que conseguiu transportar para o ecrã a mensagem que o autor nos quis transmitir no livro ao contar a sua historia.

SÉRIE:

big little lies.jpg

8🌟 /10

Não li o livro, apesar de o ter para ler. Depois de tantos prémios recebidos e de muito se ter falado não resisti a ver a série. Apesar de não ser muito fã da Nicole Kidman devo dizer que lhe tiro o chapéu neste seu desempenho. Um drama actual, baseado nos conflitos de uma comunidade e de cada personagem que são tão humanos tal como cada um de nós é, com as suas dúvidas, revoltas e acima de tudo o poder da amizade e união. Adorei.

DOCUMENTÁRIOS:

2015_Documentário_O Último Ano de Hitler.jpg

Documentário visto no canal National Geographic. Um documentário que retrata as decisões e paranóias do último ano de Hittler no poder. 

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Documentário também visto no canal National Geographic. Retrata o acto bárbaro dos nazis e que muitas pessoas (infelizmente) continuam a afirmar que não aconteceu. Documentos, objectos e fotografias que comprovam o que milhões de pessoas sofreram na pele.

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No canal História vi um episódio deste documentário que se centra na caça de nazis que fugiram de um julgamento aos seus actos. O episódio que vi centrou-se no trabalho que Serge e Beate Klarsfeld (homenageados pela ONU) tiveram para fazer os foragidos terem um julgamento. Sei que o documentário também se centra na história do principal caçador de nazis, Simon Wiesenthal - O Maior Caça-Nazis da História. Certamente quero ver todos os episódios pois acho extremamente justo que os culpados sejam condenados. 

 

De todas as bandas sonoras ouvidas, sem sombra de dúvida a da série "Big Little Lies" ficará na minha memória...

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publicado às 22:00

"As Sufragistas" de Sarah Gavron

por Tânia Tanocas, em 14.03.17

Segundo filme visto para o desafio #marçofeminino

Realizado por Sarah Gavron, roteiro de Abi Morgan, produzido por Faye Ward e com um elenco recheado de actrizes fantásticas, tudo grandes mulheres.

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Opinião:

Baseado em factos reais, por isso quando penso em algumas acções básicas para nós mulheres, tal como direito ao voto, salários (quer sejam eles mais ou menos) equilibrados, poder de escolha, ao ver este filme é que tive bem a noção do que verdadeiramente significa alguns feitos históricos para que a mulher fosse vista como uma parte da sociedade em que poderia também ter uma palavra a dizer.

 

Nunca se chega ao que temos de forma fácil, algumas coisas requerem esforço, luta, dedicação e força de vontade. Então porque não recordar e admirar essas mulheres de coragem e quando abdicamos de coisas que demoraram séculos a conquistar mais ainda.

 

O filme não aborda só a questão de dar o direito ao voto às mulheres, mas retrata muito bem o quanto as mulheres passavam por humilhações, tratadas como animais repugnantes em que não havia direitos, só deveres, submissão e obediência.

 

Estas mulheres, deram a sua vida, muitas foram privaram de liberdade para que pudessem dar às mulheres do futuro uma vida com mais dignidade e puderem contribuir também para um mundo mais livre e igual para o sexo feminino.

 

O mundo masculino sabia e muito bem, que teríamos sempre uma palavra a dizer e que nada, nem ninguém nos conseguia ou consegue demover quando nos juntamos e lutamos por algo em que acreditamos.

Logo quando estreou, ficou na lista de visionamentos e só me arrependo de não o ter visto mais cedo, pois gostei mesmo muito deste filme, escusado será dizer que está recomendadíssimo.

 

Só para termos uma noção da nossa sorte, muitos anos já se passaram e em muitos países do Mundo ainda não existe direito de voto para as mulheres, somo mesmo umas sortudas.

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Da esquerda pra direita em pé: Sarah Gavron (diretora), Helen Pankhurst (bisneta da verdadeira Emmeline Pankhurst), Laura Pankhurst (tataraneta da verdadeira Emmeline Pankhurst), Alison Owen (produtora). Da esquerda pra direita sentadas: Abi Morgan (roteirista), Anne-Marie Duff (atriz), Meryl Streep (atriz), Carey Mulligan (atriz), Helena Bonham Carter (atriz), Faye Ward (produtora).

(Imagem e descrição retiradas daqui)

 

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publicado às 03:06

"The Innocents" de Anne Fontaine

por Tânia Tanocas, em 03.03.17

Primeiro filme visto para o projecto #marçofeminino

Galardoado com o prémio do público da 17ª Festa do Cinema Francês (2016).

1 (8).jpgNOTA: Não foi à toa que ocultei algumas palavras da sinopse, porque acho que tem mais impacto o momento em que descobrimos o que se passa dentro do convento. Eu se não tivesse visto a sinopse teria sentido o desenrolar do filme de forma diferente, por isso se conseguirem não vejam nada acerca do filme, simplesmente assistem...

 

Opinião:

Este filme é baseado em factos reais, Mathilde Beaulieu, foi uma médica que trabalhou num posto francês da Cruz Vermelha na Polónia no final da Segunda Guerra Mundial, o seu diário de bordo, que deu origem ao argumento do filme, chegou às mãos da realizadora através de um sobrinho da médica.

Infelizmente, mesmo já no pós II GM, muitos foram aqueles, que de uma maneira ou de outra sucumbiram às fissuras deixadas pela guerra e esta é uma das tantas história vividas por inocentes e vulneráveis às mãos dos soldados russos.

 

“Um soldado que atravessou milhares de quilómetros entre fogo e sangue tem direito a divertir-se com uma mulher e a roubar umas ninharias” terá dito Estaline, quando fora alertado para o facto de os seus soldados estarem a abusar das mulheres por onde passavam.

 

Polónia, Inverno de 1945, logo após o fim da II GM. Uma jovem médica da Cruz Vermelha Francesa, Mathilde Beaulieu é levada por uma das noviças a um convento, onde uma jovem está a necessitar de ajuda médica, mas o acto da noviça não é bem visto pela madre superior, que não perde tempo em repreender a sua atitude. 
A partir daqui estaremos em constante estado de ansiedade, com o que será as escolhas da madre e a reacção das próprias freiras, um filme muito psicológico, onde a raiva, razão e a fé irão estar constantemente lado a lado, mas a maior parte do tempo em persistente braço de ferro. Em todo o filme, temos bem presente a guerra, morte, vida, religião e senso comum.

 

Quantas vezes nos perguntamos, se Deus existe, porque permite tamanha crueldade? Aqui ainda mais essa questão é motivo de análise, pois nada escapa às mãos de qualquer predador em relação à sua presa, nem mesmo as suas filhas mais devotas, aquelas que se agarram à fé na busca de uma solução ou resposta e não conseguem ver mais nada para além dessa devoção, quando a congregação está em risco, não é apenas na fé que se tem de arranjar soluções, mas também na realização de acções práticas para camuflar um desaire ainda maior.

É um filme angustiante, tanto para quem é religioso, como também para quem é ateu e não entende algumas posições da religião, mas acima de tudo é um óptimo sinal de esperança e dignidade no meio da monstruosidade humana.

 

Não sou mãe, mas acredito que este filme toque de maneira diferente aquelas mulheres que sentem ou já sentiram o apelo da maternidade, por isso este filme tem a sensibilidade que só uma mulher / mãe poderiam ter para o realizar.
Gostei muito e mais uma vez um filme Europeu a dar cartas no mundo do cinema, pena é que a máquina do Marketing não tenha chegado até ele.

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Anne-Fontaine

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Anne-Fontaine Sibertin-Blanc nasceu em 1959 no Luxemburgo, vive actualmente em França, passou parte da sua infância e adolescência em Lisboa, onde teve bastante contacto com a religião católica, apesar de não acreditar em Deus. Bailarina de profissão, o cinema entrou na sua vida nos anos 80 enquanto actriz, passando depois por ser realizadora e argumentista, o seu mais recente trabalho enquanto realizadora é Agnus Dei /As Inocentes, com o argumento, também ele no Femenino, de Sabrina B. Karine e Alice Vial.

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publicado às 23:42

Por breves momentos, fiquei desiludida com a escolha do melhor filme, mas felizmente tudo não passou de um "belo" lapso. 

Deixo aqui (para mais tarde recordar) todos os vencedores, vencidos e os meus favoritos. 

 

MELHOR FILME

Moonlight, Barry Jenkins (Vencedor)

Vedações, Denzel Washington (Favorito, mas fiquei contente com o vencedor)

 

MELHOR REALIZAÇÃO

Damien Chazelle, La La Land - Melodia de Amor (Vencedor)

Mel Gibson, O Herói de Hacksaw Ridge (Favorito)

 

MELHOR ACTOR

Casey Affleck, Manchester by the Sea (Vencedor)

Denzel Washington, Vedações (Favorito, mas fiquei contente com o vencedor)

 

MELHOR ACTRIZ

Emma Stone, La La Land - Melodia de Amor (Vencedora)

Isabelle Huppert, Ela (Favorita)

 

MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO

Mahershala Ali, Moonlight (Vencedor)

Jeff Bridges, Hell or High Water - Custe o Que Custar! (Favorito)

Michael Shannon, Animais Noturnos (Favorito)

 

MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA

Viola Davis, Vedações (Vencedora e Favorita)

 

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO

Zootrópolis (Vencedor e Favorito)

 

MELHOR FILME ESTRANGEIRO

O Vendedor, Irão (Vencedor)

Toni Erdmann, Alemanha (Favorito)

Under sandet, Dinamarca (Favorito)

 

MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL

Manchester by the Sea (Vencedor)

Hell or High Water - Custe o Que Custar! (Favorito)

 

MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO

Moonlight (Vencedor)

Vedações (Favorito)

 

MELHOR BANDA SONORA

La La Land - Melodia de Amor, Justin Hurwitz (Vencedor)

Moonlight, Nicholas Britell (Favorito)

 

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

La La Land - Melodia de Amor"City of Stars"

 

MELHOR DOCUMENTÁRIO (LONGA-METRAGEM

O.J.: Made in America, Ezra Edelman (Vencedor)

13th, Ava DuVernay (Favorito)

 

MELHOR FOTOGRAFIA

La La Land - Melodia de AmorLinus Sandgren (Vencedor)

 

MELHOR CARACTERIZAÇÃO

Esquadrão Suicida (Vencedor)

 

MELHOR GUARDA-ROUPA

Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los (Vencedor)

 

MELHOR DIRECÇÃO ARTÍSTICA

La La Land - Melodia de Amor (Vencedor)

 

MELHOR MONTAGEM

O Herói de Hacksaw Ridge (Vencedor)

 

MELHORES EFEITOS VISUAIS

O Livro da Selva (Vencedor)

 

MELHORES EFEITOS SONOROS

O Primeiro Encontro (Vencedor)

 

MELHOR MISTURA DE SOM

O Herói de Hacksaw Ridge (Vencedor)

 

MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO

Piper Alan Barillaro (Vencedor e Favorito)

 

MELHOR CURTA-METRAGEM DE IMAGEM REAL

Mindenki Kristof Deák e Anna Udvardy (Vencedor)

 

MELHOR DOCUMENTÁRIO (CURTA-METRAGEM)

The White Helmets, Orlando von Einsiedel (Vencedor e Favorito)

 

E vocês, ficaram satisfeitos com esta 89.ª cerimônia de entrega dos Academy Awards? 

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publicado às 06:24

Óscares 2017... Parte II

por Tânia Tanocas, em 26.02.17

Óscares 2017... Parte I

Óscares 2017... Parte II

 

Melhor Filme

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8 nomeações: Melhores Efeitos Sonoros / Melhor Mistura de Som / Melhor Filme / Melhor Realização / Melhor Argumento Adaptado / Melhor Direcção Artística / Melhor Fotografia / Melhor Montagem

Opinião:

Não estava à espera de gostar tanto do roteiro deste filme como gostei, sem dúvida que a comunicação, quer seja oral, escrita ou gestual, sempre foi e será um meio linguístico que se não for compreendido pode fazer com que os povos desencadeiam lutas e guerras por falta de entendimento entre eles. 
E neste universo ancestral, eu acredito que somos uma espécie que ainda tem muito que aprender e quem sabe ensinar. 
Há pessoas que quando vê um filme, a primeira coisa que salta há vista é se tem uma boa fotografia, luz, como é o guarda-roupa, a mim é a banda sonora, desde o primeiro momento que começa o filme coloco em funcionamento a minha audição e sem querer acabo por de alguma maneira relacionar a música com o filme, e este filme estava a correr tão bem, até ao momento em que começo a ouvir "The Swimmer” de Max Richter, um tema integrado no filme "Disconnect" de Henry Alex Rubin, lançado em 2012, e que adorei tanto que, acreditam ou não, depois já não consegui estar tão concentrada no desenrolar deste filme e tudo o que senti até aí, foi por água abaixo, só me conseguia lembrar das imagens referentes ao outro filme. Imaginem haver um ataque de extraterrestres e colocarem a música do filme "o tubarão" de Steve Spielberg! Ficava bem esquisito, não acham? Pois foi isso mesmo o que se passou comigo, fiquei tão irritada. 

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6 nomeações: Melhor Realização / Melhor Filme / Melhor Ator / Melhor Atriz Secundária / Melhor Argumento Original / Melhor Ator Secundário

Opinião:

Confesso que depois da desilusão de Moonlight esta foi a segunda desilusão destes óscares. 
Um tio que a determinado momento na sua vida tem um desaire que o vai mudar para sempre, tornando-o uma pessoa seca e amargurada consigo próprio e com os outros. Um sobrinho que perde o pai e se revolta com tudo e todos. Ambos com os seus sentimentos vão ser postos à prova e mesmo que não queiram vão ter de se ajudar mutuamente para conseguir recuperar (ambos) o sentido da vida. 
Pois bem, era assim que eu imaginava o desenrolar deste filme, por isso esqueçam tudo o que escrevi antes, pois não é nada disto. 
Gostei da prestação de Casey Affleck , mas (só) a postura fria, sem alma e impactante não me conseguiu convencer o suficiente para adorar este filme.

Um filme longo (2h) e pela primeira vez (recentemente) senti-me entediada enquanto assistia.

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6 nomeações: Melhor Mistura de Som / Melhor Filme / Melhores Efeitos Sonoros / Melhor Realização / Melhor Actor / Melhor Montagem

Opinião:

Já referi que adoro filmes que refiram a II Guerra Mundial e quando a isso junta-se o facto de ser inspirado em factos reais ainda melhor, não é à toa que o meu filme de guerra favorito é o "resgate do soldado Ryan" e este ficou também no mesmo patamar. 

Uma excelente produção, para contar a história de um homem que acredita (contra tudo e contra todos) nas suas convicções, fazer parte de uma guerra, mas sem utilizar nenhuma arma para se defender.
O mundo seria um local bem melhor se todos aqueles que empunham armas (quer sejam em guerras ou no dia a dia) tivessem uma consciência mais apurada.

 

Melhor Ator Secundário

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1 nomeação: Melhor Actor Secundário

Opinião:

Como é que o filme "O primeiro encontro" está nomeado para melhor filme e este filme só conta com a nomeação de actor secundário? Enfim, são estas escolhas que não consigo entender.

Adorei este filme, uma reflexão das escolhas que fazemos nas nossas vidas, a importância que damos a determinadas coisas em proveito de outras. Susan Morrow, vai descobrir o valor das suas escolhas, através de um livro escrito pelo ex marido.  

 

Melhor Filme Estrangeiro

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1 nomeação: Melhor Filme Estrangeiro

Opinião:

A vida deste casal altera subitamente, quando são obrigados a mudam de residência. 
A acção passasse em Teerão, um país devastado pela guerra que aos poucos tenta renascer. É sempre interessante ver os costumes e ideais dos outros países, principalmente os do Médio Oriente, e aqui não é excepção, basicamente uma cultura em que a mulher é constantemente renegada para segundo plano, é interessante ver que alguma da nova geração já vai tendo uma mente mais aberta, mas ainda têm muito trabalho pela frente.

Apesar de ter gostado desta produção, "A Separação", continua a ser o meu filme favorito do realizador Asghar Farhadi.

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1 nomeação: Melhor Filme Estrangeiro

Opinião:

Este filme ficou no mesmo patamar que "Toni Erdmann", duas obras difíceis de escolher para levar o Óscar, espero que seja um destes dois o escolhido. 

Apesar de adorar todo o filme que aborde o tema II guerra mundial, esta foi uma escolha de última hora, não era para o ver, porque achei que era um filme para "limpar" a imagem dos alemães no final da II GM. 
Apesar de não ser adepta de vinganças, confesso que fico um pouco intransigente quando o catalisador tem por base o holocausto. 
Este filme conseguiu transmitir aquilo que eu faria se tivesse no lugar deste coronel, as feridas ainda estavam muito à flor da pele e só se pensava em vingança, mas acredito que por mais que se queira ser igual, existe sempre um pingo de decência que virá ao de cima e nos faça pensar de maneira diferente. 
O filme acaba por ser uma lição de vida para quem procura a vingança, sem descurar o ódio, raiva, compaixão. O filme transmite um realismo tão duro que ficou gravado na minha memória.

 

Melhor Animação

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2 nomeações: Melhores Efeitos Visuais / Melhor Filme de Animação

Opinião:

 

Sendo este filme uma animação, não pude deixar de pensar em como é que ficariam algumas crianças depois de o ver, será que só eu em criança é que ficaria com pesadelos ao ver algumas cenas? 
Kubo, um rapazinho de tenra idade, só com um olho vai ter de enfrentar duas tias bruxas e um avô possuído por um demónio que lhe roubou a alma. 
Adoro animações, acho que assim continuo a alimentar a criança que à dentro de mim, e quando assisto a este tipo de filmes, gosto de perceber qual será a mensagem recebida pelas nossas crianças. Por isso é que para mim, foi um filme interessante, mas muito fantasioso para uma animação em que as lições a retirar vão muito além daquilo em que a nossa cultura acredita ou realiza.

 

Melhor Documentário (Longa Metragem)

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1 nomeação: Melhor Documentário (Longa-Metragem)

Opinião:

"Quando questionam como o povo negro aguentou a escravatura durante séculos, respondo, da mesma maneira que continua a ser escravizada hoje em dia e ninguém faz nada". 
Este documentário reporta a relação se superioridade que sempre existiu e irá existir entre brancos e pretos.
Muito bom para quem quiser conhecer um pouco da história dos EUA e de como a raça negra ainda continua a ser escravizada em função da lei e ordem.

 

Melhor Documentário (Curta-Metragem)

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1 nomeação: Melhor Documentário (Curta-Metragem)

Opinião:

Após 5 anos de guerra, mais de 400 mil sírios foram mortos e milhões deixaram o seu lar. 
Em áreas não controladas pelo regime aqueles que permanecem dependem de um grupo de voluntários dedicados a salvar todos os necessitados: Os Capacetes Brancos. 
Khalid Farah - pedreiro, Abu Omar - ferreiro, Muhammed Farah - alfaiate 
São estes os nomes dos nossos guias neste documentário, são estes homens que vão explicar como integraram esta equipa e porque não partem como tantos outros, sujeitando perder a sua vida, para ajudar o próximo. 
"Sem esperança, de que vale a Vida?"
Para estes sírios, não é fácil compreender, porque é que têm de lidar com dois males a medir forças ao mesmo tempo, o da terra que é o estado islâmico e o do ar que são os bombardeiros russos, que na ânsia de combater o mal terrestre dizimam tudo à sua volta, incluindo pessoas inocentes. 
"Salvar uma vida é salvar toda a humanidade", é este o lema desta corporação humanitária. 
Desde 2013, mais de 130 capacetes brancos foram mortos. Durante o mesmo período eles salvaram mais de 58 mil vidas. 
O documentário é curto, mas o suficiente para se ter uma ideia do que estas pessoas passam todos os dias, enquanto estamos no conforto das nossas vidas, muitas das vezes a fazer lamentações e brigas completamente sem sentido.

 

Já não vou a tempo de "opinar" antes dos óscares, mas ganhando ou não, tenho intenção de ver:

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Aguentem os corações, já falta pouco para saber quem são os vencedores e vencidos  ^_^

 

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publicado às 23:56

A minha selecção para #marçofeminino

por Tânia Tanocas, em 20.02.17

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Enquanto fazia a minha selecção para o desafio, pensei em ir pela minha zona de conforto e escolher escritoras que já conhecia, mas se isto é um desafio, então porque não aproveitar para me desafiar também?

 

Sendo assim, as minhas escolhas literárias vão ser todas de autoras que eu nunca li nada, por isso vai ser um autêntico tiro no escuro, conhecer novas autoras e tirar o máximo prazer deste #marçofemenino... 

 

Em relação aos filmes seleccionados, privilegiei a escolha de filmes mais recentes... 

 

Livros que pretendo ler... 

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Filmes que pretendo ver... 

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P.S.: Aviso já que não sou muito boa a seguir listas (TBR), por isso não se espantem se no fim a minha selecção sofrer pequenas alterações ;) :P

 

E você já fizeram as vossas escolhas? O que acharam das minhas? Existe alguma autora (nova para mim) que vocês gostem? Ou algum filme que já viram?

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publicado às 21:37

Óscares 2017...Toni Erdmann de Maren Ade

por Tânia Tanocas, em 18.02.17

Sinopse:

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Nomeado para óscar de Melhor Filme Estrangeiro

Opinião:

O filme é Alemão, da realizadora Maren Ade, foi o Melhor Filme Europeu de 2016 nos Prémios do Cinema Europeu.

São cada vez mais as vezes em que aprecio um filme que me faça remexer no meu consciente, reflectir na vida, no nosso dia-a-dia e que no final me mergulhe em variados sentimentos: amor, dignidade, humanidade, pequenos gestos minúsculos, mas que têm um enorme significado - como um “bom dia”, um “obrigado”, como um sorriso no rosto, satisfação em abraçar o ridículo, em compreender que no meio de tantas perguntas sobre o sentido da vida, no meio de tantos estereótipos de regras, normas, formas de comportamento, o cómico sempre existe para extrair um sorriso. 

Este filme estreita-se entre o irrisório e o invulgar, e me fez reflectir sobre a vida de uma maneira que nenhum outro filme (até agora) conseguiu fazer. 

 

Na minha opinião, este filme tem duas histórias distintas, que a determinado momento culminem uma na outra.

Temos a história de um pai, (homem sozinho) que sempre tenta levar a vida (e a dos que o rodeiam) na mais pura das felicidades sem ligar a clichés ou ridículos, mesmo que esse seu modo de vida seja alvo de críticas ou julgamentos, fazendo até a que inicialmente o próprio espectador (eu) tenha a reacção de que estamos perante um homem senil.

Depois temos a história de uma mulher e filha, uma pessoa determinada que alcançou os seus objectivos e progrediu ao presumível "sucesso", enterrada nas aparências e em objectivos a curto prazo (para ela a vida é um dia de cada vez), não importa o futuro, já há muito que não se interessa por quem ela é, foi ou quer ser (enquanto valores humanos). 

 

Em todo o filme este pai e esta filha, vão envolver-nos de tal maneira que deixamos de achar insignificantes algumas cenas insólitas e estranhas, aprendendo com a realidade da forma menos convencional sobre os verdadeiros sentimentos e que nos vão preenchendo de mais perguntas do que respostas, um filme filosófico e real ao mesmo tempo.

 

No meio de tantos filmes “tentando serem perfeitos”, temos aqui esta obra onde o objectivo de mostrar a realidade, sem grandes efeitos especiais, sem grandes nadas, conseguimos ver o mundo e os sentimentos como eles realmente são.

O objectivo é fazer com que cada situação seja exclusiva, cada emoção seja uma interrogação, que o ridículo seja sublime e que olhemos para nós próprios de uma forma abstracta, mas sempre, real.

 

Tinha de fazer este post para dizer a minha opinião deste filme, pois recuso-me a pactuar com os pareceres que dizem que este filme conta uma história cómica, simples, chata, longa e sem sentido, para mim é totalmente falso, pois descreve-nos na perfeição como se particularizam sentimentos, sensações, emoções num simples ecrã de cinema.

 

 

Gostava muito que vencesse o óscar de melhor Filme Estrangeiro.

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publicado às 23:20

Óscares 2017... Parte I

por Tânia Tanocas, em 15.02.17

Este mês decidi colocar um pouco os livros de lado e "agarrar-me" ao cinema, já que vamos ter óscares, quero estar dentro do assunto para, também eu, poder ter uma opinião.

O post é baseado, unicamente, na minha opinião e gosto pessoal.

Não sou nenhuma "expert" em cinema, mas sou espectadora e como tal, quero deixar aqui umas palavras acerca desta mundialmente festa que enaltece e premeia todos aqueles que, com o seu trabalho, nos "oferecem" muitas horas de prazer. 

 

Os nomeados para melhor Filme são:

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Já visualizei os seguintes, até agora...

 

Sinopse:

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4 Nomeações: Melhor Filme / Melhor Actor Secundário / Melhor Argumento Original / Melhor Montagem

Opinião:

Vi este filme, mesmo antes de saber que iria ser nomeado para os óscares, um genial Western dos tempos modernos, para muitos poderá ser um filme bastante parado, mas acreditem muitas das vezes os silêncios falam mais do que mil palavras.

Dois irmãos tentam “driblar” o sistema financeiro, que cada vez mais asfixia as famílias com falsas promessas de facilidades e que depois de entrarmos na sua teia não há escapatória possível.

No seu encalço vamos ter o típico Xerife que tenta combater os criminosos com um humor tipicamente sarcástico.

Gostei mesmo muito deste filme e fiquei feliz de ser nomeado, neste filme é caso para se dizer: “ladrão que rouba ladrão…”

 

Sinopse:

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8 Nomeações: Melhor Realização / Melhor Banda Sonora / Melhor Filme / Melhor Actor Secundário / Melhor Actriz Secundária / Melhor Fotografia / Melhor Argumento Adaptado / Melhor Montagem

Opinião:

Confesso que estava com as expectativas muito elevadas em relação a este filme, mas sinceramente não consegui ficar maravilhada. Não sei, sabem aquela sensação de “Já acabou!!! E termina assim!!!”. Acho que o final deixou muita coisa em aberto, ou se calhar, fui eu que não compreendi a mensagem.

Gostei do desenvolvimento do personagem, consegui sentir a sua passividade, fúria, indignidade e dúvidas, mas não compreendi o desenrolar que a sua vida levou.

Estava à espera de uma evolução “cor-de-rosa”, mas a vida é mesmo assim nem sempre termina como desejamos.

 

Sinopse:

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 4 Nomeações: Melhor Filme / Melhor Actor / Melhor Actriz Secundária / Melhor Argumento Adaptado

Opinião:

Também ainda não se falava de nomeações para os óscares e já eu estava ansiosa para ver este filme, não sabia do que se tratava, mas tinha dois dos meus actores preferidos (Denzel Washington e Viola Davis) e era motivo mais do que suficiente para não perder este filme.

Só consigo dizer que fiquei arrebatada, o desempenho das personagens são simplesmente divinais e o contexto, por muito que se pense que são valores do passado, fiquei com a sensação de que poderia ser, sem sombra de dúvida a realidade de uma família qualquer dos nossos dias.

Quantos filhos se sentem incompreendidos pelos pais? E quantos, muitas das vezes são “obrigados” a ter actividades que os pais desejavam ter feito e “empurram” os seus filhos para as realizar. Quantas mulheres fecham os olhos para os devaneios dos maridos?

Um filme muito psicológico, muitas vezes desejei entrar no filme e esmurrar Troy Maxson, para ele acordar e recuperar o que estava a perder.

De todos os filmes vistos até agora, este arrebatou o meu favoritismo. É longo, mas a trama flui de tal maneira que nem se dá pelo tempo a passar.

 

Os nomeados para melhor Filme de Animação são:

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 Já visualizei os seguintes, até agora...

 

Sinopse:

1 (7).jpg

2 Nomeações: Melhor Filme de Animação / Melhor Canção Original

Opinião:

Um bom filme para fazer concorrência a Frozen, cheio de melodia misturada com animação.

Vaiana (título português) ou Moana (título original), não percebi porque alteraram o nome da personagem, eu pessoalmente gosto mais de Moana e é assim que vou recordar e escrever sobre este filme.

Acompanhamos Moana desde tenra idade (uma autêntica fofura) e logo nos apercebemos de que é uma criança destemida, é a única filha do chefe de uma longa geração de navegadores. Sempre de mente aventurosa, o maior desejo dela é explorar o mundo e navegar pelo infinito oceano, transpondo os limites do recife, a vontade do seu pai é que Moana seja a próxima chefe da tribo e continue a zelar pelos destinos do clã e ilha, mas não será esse o destino escolhido (e destinado) pela jovem.

 

Sinopse:

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1 Nomeação: Melhor Filme de Animação

Opinião:

É o favorito a ganhar o óscar e eu sou completamente da mesma opinião.

Zootrópolis é uma cidade igual a todas as outras, a única diferença são os seus habitantes, animais (presas e predadores) povoam e coabitam no mesmo espaço pacificamente.

Toda a ação gira em volta de Judy, uma coelha que decide abandonar o negócio da família na aldeia e embarcar no seu sonho de ser polícia, apesar de todas as contrariedades Judy acaba por alcançar o seu objectivo, mas vai ter de batalhar no duro para poder vingar na vida.

Gostei muito deste filme, uma boa história onde a perseverança e força de vontade são palavras-chaves.

Adorei a imaginação que tiveram ao colocar uma preguiça a desempenhar uma actividade, irritante, mas simplesmente delicioso.

 

Também vi três filmes, cujos protagonistas estão nomeados para o óscar de melhor Actriz e melhor Actor:

 

Sinopse:

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1 Nomeação: Melhor Actriz

Opinião:

Filme francês, tenho pena de não estar nos nomeados para filme estrangeiro, pois é sem dúvida um filme merecedor de um galardão destes.   

Adorei a prestação da actriz, uma mulher que tem de lidar com vários desaires na vida, começando pelo facto de ter sido violada e lidar com isso como se não fosse nada de especial. Toda a vida desta mulher foi pautada por desgraças, algumas deixaram marcas para sempre, mas foi também esses infortúnios que a fizeram ser uma mulher fria e ambiciosa.

Adorei a caracterização da personagem do filho dela, um retrato bem real, do típico menino da mamã que quer brincar aos adultos, mas às custas da mãe.

Como o cinema francês nos tem apresentado, este é mais um filme cru, sem mascarar os sentimentos ou cenas, para algumas pessoas podem ter cenas chocantes, mas não será a realidade, também ela crua.

 

Sinopse:

7 (6).jpg

3 Nomeações: Melhor Banda Sonora / Melhor Actriz / Melhor Guarda-Roupa

Opinião:

Sei que John F. Kennedy foi presidente dos Estados Unidos, casado com Jackie Kennedy, com dois filhos e morreu assassinado no Texas em 1963, de resto não conheço mais nada acerca da história dos Kennedy, por isso parti para este filme completamente às escuras.

Pensei que fosse um filme acerca da história familiar, mas não, este filme é baseado numa determina entrevista que Jackie deu há revista Life, aqui recordaremos os sete dias posteriores há morte do seu marido, uma dos objectivos de Jackie era fazer com que o seu marido fosse relembrado para sempre de forma apoteótica, enfrentando todo o sistema de segurança pessoal e até os seus devaneios pessoais.

Do pouco que conheci de Jackie, neste filme, achei uma mulher fútil que só se preocupava com as aparências e não se coibia de gastar os dólares dos contribuintes “a torto e a direito”, mas por outro lado, uma mulher fria o suficiente para tratar de toda a logística do funeral do marido assassinado há sua frente.

Da prestação de Natalie Portman, a minha primeira impressão é de que tinha sido um desempenho muito forçado, mas como já tinha referido não conhecia a Jackie, por isso fui ver a sua postura em vários vídeos e realmente pude constatar de que a actriz fez um excelente trabalho.

 

Sinopse:

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1 Nomeação: Melhor Actor

Opinião:

Este foi um dos filmes que certamente me passava ao lado, se não fossem as boas opiniões que vi, tudo derivado ao cartaz do filme, parecia uma comédia e eu não sou muito fã deste estilo de filme.

Mas não, este é o drama de um pai, que em concordância com a mulher, decide dar e transmitir uma educação diferente aos seus seis filhos. Entretanto o pai vai ter a difícil tarefa de levar a sua família de volta há (dita) sociedade normal e enfrentar desafios que irá colocar em causa tudo aquilo em que sempre acreditou e passou aos filhos.

Este filme levanta muitas questões pertinentes, eu própria pensei bastante nessas questões, questionei-me, até que ponto este pai não estaria a fazer o correcto e eu é que estaria mal.

 

Termino a primeira parte de Óscares (2017), deixando aqui o meu favorito na categoria de:

Melhor curta-metragem de animação

Piper de Alan Barillar

 Não é uma fofura... ^_^

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publicado às 23:26

Filmes vistos na "cinematona 2"

por Tânia Tanocas, em 05.01.17

O que é a "Cinematona"?

"Cinematona" é um desafio de cinema, criado pela Dora do cana Book and Movies, que consiste em visualizar um filme para cada categoria, que ela disponibiliza. O desafio foi tão bem recebido que esta foi a segunda edição e confesso que já estou ansiosa pela terceira... ;) 

 

O projecto teve a duração de todo o mês de Dezembro de 2016, não consegui completar todas as categorias, mas à parte destas categorias vi outros filmes que não consegui encaixar nos desafios em falta... Nota: Classifiquei os filmes com notas de 0 a 5, mas entretanto já comecei a classificar de 0 a 10, para poder distinguir as pontuações dos filmes, dos livros... 

 

A Dora já lançou o vídeo onde fala das suas escolhas para a "cinematona" e eu sem mais demoras vou deixar as minhas escolhas.

1.png(Sinopse: No horror de 1944 Auschwitz, um prisioneiro forçado a queimar os cadáveres do seu próprio povo, encontra a sobrevivência moral ao tentar salvar das chamas o corpo de um menino que ele acha ser seu filho.)

2.png(Sinopse: Lilja, de dezasseis anos, e seu único amigo, o jovem Volodja, moram na Estónia, ambos sonham com uma vida melhor. Um dia, Lilja apaixona-se por Andrej, que está de partida para a Suécia, e convida Lilja para ir com ele e começar uma nova vida.)

3.png(Sinopse: Quando um misterioso sinal de telefone celular causa o caos apocalíptico, um artista está determinado a reunir-se com seu jovem filho na Inglaterra.)

4.png(Sinopse: Durante a mudança da sua família para os subúrbios, uma miúda de 10 anos vagueia em um mundo governado por deuses, bruxas e espíritos, e onde os seres humanos são transformados em animais.)

5 (2).png(Sinopse: O inspector de polícia Carl Mørck é encarregado de um departamento de casos arquivados, unido apenas pelo seu assistente, Assad. Eles investigam um caso sobre uma mulher desaparecida.)

6 (1).png(Sinopse: Em 1967 Los Angeles, uma mãe viúva e suas duas filhas adicionam um novo golpe para reforçar o seu negócio espirita, convidando sem querer uma presença maléfica na sua casa.)

7 (1).pngSinopse: Duas namoradas visitam um grande festival de praia brasileiro e decidem simplesmente viver livremente. Elas gostam da música, bebidas, drogas e algum sexo. Elas conhecem um jovem e as coisas não podem ser melhores. Esse paraíso pode durar?)

8 (2).png(Sinopse: Um cirurgião vitoriano resgata um homem fortemente desfigurado que é maltratado ao levar uma vida como um animal de circo. Por trás da sua monstruosa aparência, revela-se uma pessoa de inteligência e sensibilidade.)

9 (1).png(Sinopse: Um desertor desiludido do exército confederado retorna ao Mississippie lidera uma milícia de desertores companheiros, escravos em fuga e mulheres numa revolta contra o governo confederado local corrupto.)

 

Ficou a faltar: "Raios parta mas é desta que vejo isto!" (que por duas vezes comecei a ver o filme que tinha escolhido “o caso spotlight”, mas deixei-me dormir nas duas vezes e no fim desisti :P ), Um filme cliché e Um filme recomendado por um amigo que esteja a participar na #cinematona.

 

Entretanto vi outros filmes (que não consegui encaixar nas categorias que faltavam), mas que foram também óptimos filmes... 

page.jpg

 

Quero agradecer à Dora por ter lançado mais este desafio e me ter proporcionado uma óptimas horas de bom entretenimento... Entretanto estou a participar no "Holocausto em Janeiro" ou #hol72, também ideia da Dora

Beijokas Dora... 

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publicado às 19:33

Dia 1 de 365

por Tânia Tanocas, em 01.01.17

fundo-decorativo-feliz-ano-novo_1048-4244.jpg

 

Antes de mais, espero que todos vocês tenham entrado no ano de 2017 da melhor forma possível…

 

A minha passagem de ano é quase sempre passada da mesma forma, junto ao conforto da pessoa que amo, na comodidade da lareira, com um menú não tão pesado e farto como o do Natal (nessa altura somos mais pessoas) mas não menos apreciado, regado com um bom vinho, espumante e no final uma boa sessão de cinema…

 

Para muitos isso não passaria de uma noite normal ou banal, mas para mim é o paraíso em estado puro, devido ao trabalho do meu namorado raramente passamos momentos assim como estes, se calhar por isso o valor da situação se torna ainda mais significativa…

 

O filme escolhido para a 1ª sessão de cinema de 2017 foi Anthropoid (2016)

Anthropoid.jpg

 

Aproveitei este filme para marcar a minha abertura na iniciativa "Holocausto em Janeiro" #Hol72 (vejam o meu post anterior, conto lá tudo…)

 

O filme é baseado em factos reais, retrata a elaboração e execução do plano que visa assassinar Reinhard Heydrich, atentado esse que aconteceu em Praga no dia 27 de Maio de 1942, por Jan Kubiš (Jamie Dornan) e Jozef Gabčík (Cillian Murphy) ex-soldados checoslovacos treinados pelos britânicos e enviados pelo governo checoslovaco no exílio, intervenção que ficou para sempre designada de Operação Antropóide.

 

O plano tinha tudo para ser perfeito, Reinhard Heydrich teimava em andar pelas ruas de descapotável e sem muita protecção, mas como em tudo na vida não é fácil, lutar pelo bem quando o mal permanece, vai fazer sempre que o mais fraco sai bem mais prejudicado da situação, mas sempre com a certeza de jamais deixar de lutar por aquilo que se acredita.

 

    A minha classificação: 8/10

Aviso 1 branco.png

 

Quem foi Reinhard Heydrich:

Reinhard_Heydrich.jpg

 Imagem retirada daqui: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a5/Bundesarchiv_Bild_146-1969-054-16%2C_Reinhard_Heydrich.jpg

 

Reinhard Heydrich era apontado como o número 3 do regime Nazi, atrás de Hitler e Himmler, muitos historiadores descrevem-no como o membro mais temido da elite nazi. Hitler chamava-o de "o homem com o coração de ferro", o povo apelidava-o de ”Carniceiro de Praga”.

 

Foi um dos organizadores da Kristallnacht ("Noite de Cristal"), um ataque violento e maciço contra os judeus por toda a Alemanha na noite de 9 e 10 de Novembro de 1938.

 

Heydrich enviou um telegrama nessa noite para várias delegações, a referir a permissão para incendiar e destruir os negócios, sinagogas judaicas, confiscar todo o "material de arquivo" dos centros comunitários e sinagogas judaicos, o telegrama ordena ainda que "deverão ser detidos o máximo de judeus  (em particular os mais influentes) em todos os distritos... Imediatamente após todas as detenções terem sido efectuadas, os devidos campos de concentração deverão ser contactados para lá colocar os judeus o mais depressa possível."

 

Cerca de duzentos mil judeus foram enviados para campos de concentração nos dias seguintes, muitos consideram a "Noite de Cristal" como o início do Holocausto.

 

Em Janeiro de 1942, formalizou os planos para a "Solução Final" e a "Questão Judaica", isto é, a deportação e o genocídio de todos os judeus na Europa ocupada pelo regime nazi.

 

Telegrama de 1938 ordenando a incursão da Noite de Cristal, assinado por Heydrich 

Telegrama de 1938 dando ordens durante a Noite de Cristal, assinado por Heydrich.png

Imagem retirada daqui: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a6/Kristallnacht_rh_telegram_pg1.png

 

Por fim, antes de apagar a luz, ainda arranjei um tempinho para iniciar a minha primeira leitura de 2017, mas isso fica para o post seguinte... 

 

Beijokas a todos... 

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publicado às 22:30


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