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Opinião:

Estas 2 🌟, não são sinónimo de que não tenha gostado do livro...

Alguns contos, ou histórias proverbiais, são bastante interessantes, tendo até alguns, alguma interpretação comum em relação aos nosso provérbios populares.
Outros, confesso que não fizeram qualquer sentido para mim, isso porque é necessário e fundamental ter algum conhecimento mais completo e preciso da língua, mentalidade e cultura chinesa, coisa que eu não tenho.

 

Este livro é composto por um conjunto de histórias proverbiais e anedotas, baseada nas lendas e contos tradicionais chineses, os episódios narrados têm grande valor educativo, porque não só os pais os vão passando aos seus filhos, antes de dormir, como aparecem ainda nos manuais escolares.

 

Dos 50 textos compilados no livro os que gostei e compreendi, fazendo algum sentido para mim foram:
"Lança e escudo" / "Saiweng perdeu um cavalo" / "O cheiro da comida e o som das moedas" / "A rã do poço".
Só por aqui dá para perceber a minha classificação, em 50, percebi ou gostei de 5.... Pouco, muito pouco para dar uma pontuação mais alta...
Felicito e admiro o trabalho de pesquisa das autoras, mas para mim estes "contos da terra do dragão" não me conquistaram...

 

Um dos que mais gostei foi:
"Puxar os rebentos para os ajudar a crescer"
"Há mais de dois mil anos, no estado Song, viveu um senhor que resolveu ajudar a crescer os rebentos do arrozal da sua família. Foi para o campo, tirou os sapatos e puxou pelos brotos, um a um. À noite, já em casa, disse para a família: «Estou esgotado, não se imagina o que trabalhei, a puxar o arroz para fora, para o ajudar a crescer mais depressa!»
Ao ouvir aquilo, o filho ficou aterrado. Correu para o arrozal e verificou que as plantas estavam todas mortas."

 

A minha interpretação foi - "Depressa e bem não há quem" ou "A pressa é inimiga da perfeição".

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publicado às 18:00

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Opinião:

Gostei de reencontrar o Zéze, a falta de carinho continua a ser uma constante na sua vida e agora que já está mais crescido, enfrenta a angústia das escolhas do futuro.

 

Zezé cresceu, aquela criança adorável do "Meu pé de laranja Lima" está um quase homem, vão surgindo aquelas dúvidas e ânsias da "idade da estupidez", situações que aparecem sem trazerem um manual de instruções, o que daria bastante jeito.

 

O que mais me incomodou foi a persistência da falta de desamor na sua vida por parte da sua família, Zezé continua a mendigar por alguma atenção e carinho e essa falta crucial acaba por desencadear algumas (boas e outras más) escolhas na sua vida, principalmente quando o seu coração está dividido entre a família de sangue e aquela que virá a ser a sua família por constituição...

 

Este "Doidão" não chega nem aos calcanhares do "Meu Pé de Laranja Lima", acho até que seria mais justo considerar este texto como um conto, pois é essa sensação com que fiquei, foca alguns aspectos, mas deixa muitas outras questões no ar...

 

Certamente irei continuar com todo o gosto a acompanhar o trabalho de José Mauro de Vasconcelos.

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publicado às 18:00

"Habibi" de Craig Thompson - Opinião (25/2018)

por Tânia Tanocas, em 12.05.18

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Opinião:

Uma mistura de Alcorão, Bíblia e Mil e Uma Noites...

 

No início do livro Dodola é uma menina que tinha tudo para não vingar na vida, a menina perdida entretanto transforma-se numa mulher cheia de perseverança, numa sociedade extremamente fechada que só o facto de ser mulher já é meio caminho para não ser ninguém...

 

Zam surge quase do nada e rapidamente se apega a Dodola, também ele se transforma num homem, também ele vai sofrer bastante até alcançar o seu objectivo...

 

Em determinado momento cada um traça a seu destino separadamente, ambos fazem escolhas, ambos perdem e ganham, mas quando parece que os seus destinos estão irremediavelmente perdidos eis que surge a esperança.

 

Em termos visuais este livro é uma autêntica obra prima, desenhos e traços lindos que só por si poderiam contar toda esta estória.
Adorei conhecer a Dodola e o Zam, a estória destas duas personagens é de partir o coração, mas a racionalidade fez com que a estória fosse merecedora de mais do que 5 .

 

Habibi é uma palavra árabe que significa "amado" ou "querido", uma palavra que expressa bem o sentimento que este livro despertou em mim.

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publicado às 18:00

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Opinião:

4.5 🌟

Iniciei a leitura bastante empolgada, as opiniões eram bastante positivas e muito antes do livro ser publicado em Portugal já o tinha para ler na estante virtual, mas confesso que de início pensei constantemente no que levava esta leitura a ser tão apreciada, isto é, para mim inicialmente foi difícil me prender à estória, já me passava milhares de coisas na minha cabeça, inclusive uma delas ter agarrado numa leitura de criaturas "vampirescas" (da qual não sou grande fã), o que é certo é que podemos imaginar várias cenários, pois o autor soube ser inteligente e deixar ao nosso critério a infinita possibilidade de imaginação, no meu caso imaginei estas criaturas mais como paranormais do que "aliens" ou outra coisa qualquer, a partir desta minha ideia a estória fluiu muito melhor...

 

Depois de entrar na estória e ela me agarrar, posso afirmar com toda a convicção de que foi a primeira vez que uma leitura fez o meu coração palpitar desesperadamente e (quase) constantemente dentro do meu peito.
Isso é bom? Claro que sim, nada me dá mais prazer do que sentir o fervilhar das minhas emoções enquanto leio um livro, principalmente quando é difícil pousar a leitura e desejar desesperadamente que tudo corra bem.

 

Não é fácil transmitir o contexto do livro, tudo porque a chave do sucesso está nas sensações desencadeadas com a leitura, principalmente quando o sentido prioritário é a falta de visão e estamos constantemente às escuras, obrigados a ver e sentir as coisas do ponto de vista dos restantes sentidos.
Como seria se vivêssemos com os nossos sentidos e não os pudéssemos usar? Uma situação bastante claustrofóbica...

 

O ponto negativo do livro (para mim) está no sentido em que nem sempre os finais são os mais desejados ou suficientemente desenvolvidos, ficaram algumas pontas soltas que tive pena que não ficassem esclarecidas, infelizmente não posso especificar para não dar spoilers, obstante a isso foi uma leitura bastante prazerosa (na medida do possível)...

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publicado às 22:00

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Opinião:

Começo pelo lado negativo do livro e que me fez não dar a pontuação máxima. Em menos de 250 páginas desvendam-se mais de 40 anos de vida das personagens principais, achei poucas páginas para tanta informação.
Por outro lado as mesmas páginas são mais do que suficientes (por vezes até excessivamente) para perceber quais os temas principais da estória, temas polémicos que, infelizmente, mesmo depois de 36 anos da primeira edição ainda se mantêm presentes na sociedade.

 

Toda a estória se centra nas irmãs Celie e Nettie, Celie é a mais velha, não é tão inteligente como a irmã mas tenta a todo o custo proteger Nettie dos maus tratos sofridos em casa pelo "pai".
Aos 14 anos, depois de já ter sido mãe duas vezes, Celie é "doada" a um homem que deseja insistentemente a irmã, para a proteger insiste que ela fuja de casa e peça "refúgio" a um casal com algumas posses.
A partir daqui tudo o que acontece na vida conjugal de Celie é abominável, uma criança que já fora abusada pelo "pai" vai continuar a ser maltratada por um desconhecido.

 

De referir que este é um livro epistolar (escrito por cartas), Celie completamente presa ao seu homem perde o contacto com a irmã, escreve as suas cartas redigidas a Deus contando todos os desenvolvimentos da sua vida.
Miss Shug, é aquela personagem que surge na vida de Celie como mais um contratempo, devo realçar que foi das minhas personagens favoritas, apesar de ser a amante do homem de Celie, vai ser uma grande aliada de Celie.

Apesar dos temas aberrantes, foi uma leitura bastante gratificante, sem dúvida que este é o livro que melhor se aplica a palavra esperança.

 

"As mulheres não são todas iguais, Tobias, - diz ela. - Acredites ou não. - Oh, - eu acredito, - só não consigo provar isso ao resto do mundo."

 

"- Quem pensas que és? - pergunta. - Não podes amaldiçoar ninguém. És preta, és pobre, és feia, és mulher. Raios te partam, não és nada."

 

" Os rapazes aceitam agora a Olivia e a Tashi nas aulas e há mais mães a mandar as filhas à escola. Os homens não gostam: quem quer uma mulher que sabe tudo aquilo que sabe o marido? Protestam eles."

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publicado às 17:00

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Opinião:

Pelas minhas contas já li 7 livros desta autora e mais uns quantos por ler, todos eles com uma média de 4⭐, desde o primeiro momento em que a descobri que decidi ler tudo o que houvesse publicado e este também não desiludiu.

 

Uma estória que envolve justiça em prol da ambição, gostei bastante do enredo e senti imensa empatia com os personagens. É engraçado, acho que é a autora mais antiga (que eu leio) a utilizar a forma de capítulos curtos, parece que a estória flui mais rápido e a vontade de avançar na narrativa é sempre constante.

 

Um dos pontos negativos, foi a quantidade de personagens, por vezes senti-me um pouco baralhada com o "quem é quem", mas não posso negar que foi um final que jamais imaginaria...

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publicado às 09:00

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Opinião:

Lido até à página 237, acho que é um dos primeiros livros que desisti... 
Antes mesmo de o ter "abandonado" já tinha sentido a falta de acção na narrativa e estava a ser uma leitura um pouco arrastada, depois continuei a dar o benefício da dúvida, até que não aguentei mais e parei. Nunca deixei nenhum livro a meio, mesmo que não esteja a gostar, tenho a estranha mania de saber como vai terminar e continuo até ao fim...

 

Ainda tentei ler na "diagonal", mas não estava a conseguir acompanhar o rumo dos acontecimentos, é quando me deparo (já quase no final) com um epílogo, decidi ler a partir daí e consegui perceber perfeitamente o final dos personagens. Resumindo, em menos de 12 páginas, fiquei a par do final e dos acontecimentos que o geraram.

 

Este é o segundo livro que leio da escritora Minette Walters, o primeiro foi "Máscara de Desonra" ao qual dei 4⭐, já pouco me lembro da estória, mas lembro-me de gostar bastante do livro, este foi um completo desastre, demasiado arrastado, com personagens chatas, simplesmente para mim não resultou.

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publicado às 17:00

"Caraval" de Stephanie Garber - Opinião (19/2018)

por Tânia Tanocas, em 10.04.18

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Opinião:

Quem me conhece sabe que o género de fantasia não é de todo o meu forte. Decidi embarcar nesta aventura, depois de ter lido a premissa e as óptimas opiniões que iam surgindo. Achei que me iria surpreender e alterar a minha "relação" com a fantasia, acho que ficou meio por meio, em parte gostei, mas depois fiquei desapontada.

Primeiro, acho que (quase de certeza) vamos ter um "Caraval" número dois, isto é, o final indica uma continuação, se não houver mais, então devo dizer que (para mim) foi um final demasiado aberto, detesto finais em aberto...

 

Esta é a saga de duas irmãs que são sujeitas à tirania do seu pai, para tentarem fugir embarcam numa aventura que as vai levar ao mundo mágico de Lenda, o autor de um "circo" fora do normal, onde nem tudo o que parece é verdade...

Só a elas cabe decidir o que é ou não verdadeiro e ao leitor cabe embarcar na mesma viagem onde tanto se pode perder ou sobreviver...

 

"O futuro é muito parecido com o passado; geralmente, já está decidido, mas sempre pode ser alterado..."

 

"Scarlett não simpatizava com a ideia de destino. Ela costumava acreditar que, se fosse boa, coisas boas lhe aconteceriam. O destino a fazia sentir-se impotente e desesperançada, com um sentimento geral de desimportância. Para ela, o destino era como uma versão maior e onipotente de seu pai, roubando suas escolhas e controlando sua vida sem nenhuma consideração para com os sentimentos dela. O destino significava que nada do que ela fizesse importava."

 

"Não é o destino, é simplesmente o futuro observando aquilo que mais desejamos. Cada pessoa tem o poder de alterar o destino se for corajosa o bastante para lutar pelo que deseja acima de tudo."

 

"A esperança é uma coisa poderosa. Alguns dizem que é uma espécie completamente diferente de magia. Esquiva, difícil de agarrar. Mas basta um pouco."

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publicado às 09:30

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Opinião:

Vou sentir saudades desta família, de todos eles sem excepção, até mesmo do Rex.
São leituras assim que me recordam porque gosto de pegar num livro e ler!
Umas vezes sou levada para sítios, situações e personagens completamente desconhecidas que desejaria viver e conhecer, outras vezes deparo-me com situações e personagens que me relembram o que quero esquecer...
Jannette Walls, obrigado pelo testemunho e coragem, conseguir superar não é fácil, mas admitir e contar, também não...

 

Ainda existem muitos "castelos de vidro" que podem facilmente desabar, ou até, nunca conhecer o brilho do sol...

Adorei a forma despromovida de ódio, ou rancor com que a autora descreve o seu passado e o relacionamento com a sua família, é a prova de que o passado por mais duro que seja, o amor da família é a fonte de tudo.

 

Felizmente, a minha vida foi sempre pautada de muito amor, carinho e nunca nada me faltou, mas por vezes existem questões que nos marcam e que se vão desmoronando com o passar dos anos.
Houve momentos em que me revi no relato da Jannette, os problemas do pai com o álcool, a forma como ele (não) gere as finanças, os problemas de acumulação, a incompatibilidade da realização dos seus sonhos e até a vergonha de enfrentar a dura realidade da sua própria família.
Senti, impávida e serena a dura batalha de amor - ódio que se vai desenrolando página a página, a angústia sentida em cada palavra e frase.

 

É fácil imputar negligência, mas é demasiado complicado condenar os pais, quando eles querem fazer uma vida fora dos padrões "normais", apesar de todas as vicissitudes nenhum deles abandonou quem lhes trouxe ao mundo, simplesmente cada um fez a sua escolha...

 

"Toda a gente tem qualquer coisa de bom. Temos é de encontrar essa qualidade e amá-la por isso.
- Ai sim? E qual era a qualidade de Hitler? - perguntei.
- Gostava de cães - respondeu a minha mãe sem hesitar."

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publicado às 17:30

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Opinião:

"Dores" de Maria Teresa Horta - 5 🌟

Dar um sentido à vida
Ouvir os silêncios e gritos da nossa alma
Responder com coragem, resiliência, sem medos
Esperar que algo ou alguém quebre estes desamores
Serão sempre estas, algumas, das nossas DORES...

 

Que conto poderoso, confesso que não conhecia a escrita da autora e jamais diria que um "simples" conto poderia abalar os meus sentimentos. 
Houve momentos que me senti uma "Judite", a sensação de abandono, incompreensão e a sua força em resistir a tudo o que lhe acontece elevou-me para um lugar completamente claustrofóbico.

 

"Quantas vezes disse a mim mesma que fugir é sempre perder-me? A misturar permanentemente o amor com a desconfiança, a viver o amor à espera do sofrimento...."

 

"Chave de Entendimento para uma Sinfonia Perdida" de Patrícia Reis - 4,5 🌟

Um grande amor, será sempre um grande amor, mesmo que isso envolva um sem números de incompreensões.
Como contornar estes sentimentos, muitas das vezes completamente contraditórios?!

 

É isso que a autora nos transmite, iniciamos uma Sinfonia que poderá, ou não, ser a "Chave de Entendimento para uma Sinfonia Perdida"...

 

"O tempo demora o quanto precisa, a não ser que seja Natal, um tempo que nos obrigamos a viver dentro do fardo das tradições como uma cilada prevista, mas inevitável, tentadora, cilada repleta de malvadez."

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publicado às 09:00


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