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Não gosto e sinceramente não percebo patavina de política, mas (bem ou mal) tenho sempre cumprido com o meu papel de votante e com as minhas obrigações de cidadã, por isso acho que tenho direito a proferir algumas palavras acerca desta tão contestada eleição… Posso não entender os meandros da política, mas não sou parva, nem burra, sei e percebo que este senhor é uma autêntica bomba relógio, para o seu povo e para o mundo...

 

Um homem de negócios, que só prosperou às custas de trabalhadores de outros países, muita trafulhice e somente para proveito e benefício próprio. Sem grandes mostras de sensibilidade, a proferir palavras e frases que instigam a sentimentos que já deveriam ter sido abolidos, mas que são cada dia mais postas em causa. Nos anos 30, também alguém desejou uma terra fértil, onde só havia lugar para “puros”, uma terra unida sobre ela própria acima de qualquer outra nação.

 

Destaco algumas frases proferidas no seu discurso de presidente, um discurso em que por momentos, pensei se ele já era o presidente dos EUA, ou se ainda estava em campanha eleitoral.

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“Vamos trazer de volta os nossos empregos, as nossas fronteiras, a nossa riqueza e os nossos sonhos”

Vou querer “ver” os americanos fazerem o trabalho “sujo” e mal remunerado realizado actualmente por aqueles que o presidente quer suprimir. Será que só os americanos têm direito a sonhar? Os outros povos e raças têm de ser despromovidos de sonhos e sentimentos? Quantos povos deixaram e deixam as suas terras em busca de uma vida melhor, de tornar realidade os seus sonhos.

 

“Gastámos triliões e triliões fora do país, tornámos ricos os outros países. Mas a riqueza da nossa classe média foi devastada”

Classe média? Claro, os pobres e necessitados que se f….., o que importa é continuar a cavar o fosso desigual entre ricos e pobres. Quem tornou rico os outros países foram os americanos que se calhar não têm poder de compra para ir comprar umas sapatilhas All Star Converse, um telemóvel ou PC Apple, até fumar um Pall Mall já não é para todas as bolsas. Como reagiriam os americanos se deixasse-mos de importar os seus produtos?...

 

“A partir de hoje, será sempre a América primeiro. A América primeiro.”

Discurso egoísta, mas não muda nada sobre a maneira de como sempre se regeu pessoalmente e nos negócios. Só conta com o seu bem-estar, os outros que se lixem.

 

“Vamos ser protegidos por Deus”

Como a própria história nos indicou e indica, Deus nunca conseguiu ser mais forte do que as acções proferidas pelos homens. E lamento desiludir, também não será agora que isso vai mudar.

 

“Teremos apenas duas regras: comprar americano e contratar americanos”

Por exemplo Cuba (mais haveria para exemplificar), também (sobre)vive neste contexto, um afastamento das metrópoles comerciais levam a que sejam um país isolado, inibindo assim um crescimento que se revelaria grandioso. E como é que outros países conseguem desenvolver a sua economia?

 

“É tempo de nos lembrarmos que seja qual for a nossa cor, temos o mesmo sangue vermelho de patriotas”

É engraçado, além do ex-presidente e a sua esposa, não vi grandes misturas raciais na sua tomada de posse. E se todos têm sangue vermelho, porquê colocar barreiras entre as pessoas em vez de se fazerem pontes.

 

“Vamos fazer a América rica, orgulhosa, segura e grande de novo”

Uma das últimas pessoas que proferiu várias frases populistas, tais como; ”Não queremos que esta nação seja fraca” ou “Queremos ser uma nação unida”, dizimou milhões de pessoas para fazer prevalecer as suas ideologias e tornar-se dona de uma só nação, onde só a sua raça tinha direito a prosperar.

 

Também acho, que se só focarmos nos nossos ideais abrimos fendas por onde os inimigos a qualquer momento podem entrar.

 

Para finalizar, enquanto estou a fazer este post, estou a ouvir alguém (não sei o nome) na TVI24, que diz que como Português não se sente ameaçado, mas se fosse cidadão do Balcãs ou agrupado ao largo da Russa, ficaria seriamente preocupado. Pufff.... O tão famoso discurso de quem só pensa em si, a minha preocupação está de olhos postos em todos os povos que irão ser visados com algumas medidas e mais aquelas que ainda não sabemos ao certo, não consigo ficar 100% bem com a minha consciência quando existem minorias desprotegidas a sofrerem pelos actos inconsequentes de quem tem o poder nas mãos. Relembro que Portugal, se tem mantido há margem das várias guerras que existiram ou existem, mas durante algumas, também nós Portugueses sofremos as suas consequências...

 

E vocês, estão tranquilos? Acham que todo o dramatismo à volta do 45º presidente dos EUA é mais fogo de vista, ou para ser levado muito a sério?

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publicado às 22:18

Vamos falar de... Ler em outras línguas

por Tânia Tanocas, em 17.01.17

Penso constantemente, (para com os meus botões) porque é que a maioria das pessoas tem tanto pudor em ler livros brasileiros, leia-se Português do Brasil... Esta controvérsia lembra-me logo da edição d’O meu pé de laranja lima de José Mauro de Vasconcelos, livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 3º ciclo, em que a tradução em nada se altera do original, já para não falar de outros…

 

Sinceramente, não tenho vergonha ou constrangimento em admitir que leio em pt/br, é claro, não vou mentir, existem diferenças e às vezes isso condiciona um pouco a leitura, mas não tem a ver com o texto em si, o próprio povo brasileiro, tal como nós portugueses usam expressões, vocabulários e até algumas palavras diferentes, o que faz com que a leitura não flua tão bem como se fosse na minha língua materna, mas nada que me faça desistir de ler em pt/br.

 

Enquanto andava a pesquisar de opiniões acerca do tema, deparei-me com um dois artigos (aqui e aqui) que li muito atentamente e sem dúvida que eles expressão bem aquela que também é a minha opinião. É também digno de ler alguns comentários que se dizem nos artigos, para tentar compreender os argumentos de quem gosta ou não de ler em pt/br.

 

Muitas pessoas, lêm em inglês, ou espanhol, francês… E só eu sei a inveja e tristeza com que fico quando vejo as suas aquisições em inglês, isto porque com muita pena minha não atino com mais nenhuma língua, a não ser a minha (… Sei que muitos casos, a leitura acaba por ser diferente do que pt/br, porque é feita na sua versão original, mas além disso não vejo mais nenhuma diferença.

 

Além de que os nossos livros (pt/pt) estão cada vez mais caros e para alguém que gosta de ler está difícil acompanhar os lançamentos das nossas editoras (mas isto fica para outra conversa)…

Ler em pt/br, tem me dado a liberdade de ler algumas novidades e de acompanhar as leituras dos conterrâneos do outro lado do oceano... 

 

Tudo isto para alertar que vão ser algumas, as vezes que por aqui surgirão leituras que não existem em edições portuguesas, isso quer dizer que as leio em pt/br na versão Ebook...

 

E vocês, têm por hábito ler noutras línguas? Qual o vosso sentimento em relação a ler pt/br?

Beijokas a todos... 

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publicado às 22:39


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